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COTIDIANO

Habilitações falsas eram vendidas por até R$ 1,5 mil; 31 são presos

Entre os detidos estão psicólogos, médicos e agentes do Detran e proprietários de autoescolas. Esquema foi desarticulado durante operação na manhã desta segunda (14).

Publicado em 14/06/2010 às 11:40

Karoline Zilah
Com informações de Inaê Teles

Uma carteira de habilitação poderia custar entre R$ 450 e R$ 1,5 mil, sem necessidade de provas teóricas e práticas, em um esquema criminoso interestadual desarticulado nesta segunda-feira (14) pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba.

As investigações iniciadas em outubro mostraram que 50 mil documentos foram expedidos ilegalmente nos últimos cinco anos, com o auxílio de médicos, psicólogos e agentes do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

A Operação Espelho de Prata levou 400 homens das polícias Rodoviária Federal e Civil às ruas de 10 cidades paraibanas e três Estados, com o objetivo de cumprir 93 mandados, sendo 41 de prisão e 52 de busca e apreensão. Até as 12h, 31 pessoas haviam sido presas. Além dos servidores públicos, há proprietários de autoescolas entre os presos. Todos foram encaminhados à Central de Polícia, em João Pessoa.

De acordo com o delegado Wagner Dorta, que preside o inquérito, e o procurador-geral de Justiça Oswaldo Trigueiro Filho, há indícios de que pessoas do Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e Minas Gerais adquiriam carteiras de habilitação na Paraíba.

Um fato que chamou a atenção da polícia e do Ministério Público foi uma prova ocorrida no município de Itabaiana, onde todas os 60 pessoas inscritos para prestaram o exame do Detran foram aprovadas. De acordo com as investigações, a maioria delas eram não eram da Paraíba, e nem sequer pisaram no Estado para fazer as provas.

Como funcionava o esquema

Em entrevista coletiva, os representante dos órgãos envolvidos nas investigações explicaram como funcionava o esquema. Para adquirir uma carteira de habilitação o candidato procurava uma autoescola. Esta, por sua vez, intermediava as negociações com os servidores do Detran. Em tempo recorde, cerca de 30 dias, o documento já estava na mão do aluno da autoescola.

Escutas revelaram que alguns dos envolvidos chegavam a encomendar as carteiras por telefone e as recebiam em casa via Sedex.

A Justiça expediu mandados de prisão, busca e apreensão para serem executados em João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Alhandra, Itabaiana, Sapé, Guarabira, Rio Tinto, Pombal e Princesa Isabel.

Os envolvidos responderão pelos crimes de falsidade ideológica, formação de quadrilha e corrupção de agente público.

O Ministério Público anunciou que a Justiça analisará os casos dos analfabetos envolvidos na compra de documentos para dirigir. Eles poderão ser submetidos a um curso de alfabetização para o trânsito, para que possam, legalmente, retirarem suas carteiras de habilitação.

Sindicato das Autoescolas responde

O presidente do Sindicato das Autoescolas da Paraíba, Claudionor Fernandes (foto), declarou que as fiscalizações devem ser intensificadas nos próprios órgãos responsáveis por fornecer as Carterias Nacionais de Habilitação (CNHs). Para ele, a instância nacional, o Denatran, deveria observar com mais atenção o que ocorre nos Detrans.

Já o coronel Américo Uchôa, ex-superintendente do Detran-PB, acompanhou o anúncio dos resultados e reiterou que sete funcionários foram demitidos depois que foi revelado um esquema em que servidores 42 autoescolas de todo o Estado foram acusados de fraudar documentos.

Atualizada às 12h

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Jornal da Paraíba

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