COTIDIANO
Intolerância religiosa: pastor evangélico é denunciado pelo MPF
Religioso, que não teve o nome divulgado, quebrou imagens sagradas e publicou as fotos em seu perfil numa rede social. MPF pede pena de 1 a 3 anos de reclusão.
Publicado em 08/05/2015 às 18:16
Um pastor evangélico que quebrou imagens e objetos de entidades sagradas para religiões de matriz africana foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta sexta-feira (8); o caso ocorreu em 2012, na Paraíba. Na época, o homem fotografou as imagens quebradas e publicou o ato em seu perfil numa rede social.
De acordo com o MP, o pastor é retratado segurando um machado e posa para a foto, insinuando que iria quebrar as imagens. O nome do acusado não foi divulgado.
As imagens religiosas estavam em um terreiro de umbanda e, segundo o acusado, elas foram quebradas para que pudessem ser acomodadas em um carro. O pastor disse que - apesar de publicar as fotos na internet - as fotografias deveriam circular apenas entre os membros da igreja.
“Ele não só pratica como também incita a discriminação religiosa aos adeptos das religiões de matriz africana”, argumentou o procurador regional dos direitos do cidadão, José Godoy Bezerra de Souza, que assina a denúncia.
O procurador explicou que o pastor violou o artigo 5º, inciso VI, da Constituição Federal, que garante a liberdade de crença. "[O pastor] praticou atos discriminatórios, proferindo insultos às entidades sagradas da religião profanada”, afirmou José Godoy.
O MPF pede que a Justiça condene o denunciado à pena de 1 a 3 anos de reclusão e multa, conforme o artigo 20 da Lei n.º 7.716/89.
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