COTIDIANO
O que se sabe sobre os jovens mortos ao bater moto em poste e que família diz que foi homicídio
Mortes aconteceram em novembro de 2024, exumação dos corpos no mês de junho após pedido da família e investigações foram repassadas para Homicídios.
Publicado em 17/07/2025 às 16:10 | Atualizado em 17/07/2025 às 20:54
Dois jovens, Guilherme Pereira e Ana Luiza, morreram no bairro de Muçumagro em novembro de 2024, após a moto em que estavam bater em um poste. Inicialmente, o caso era tratado como acidente de trânsito, no entanto, após pedido da família das vítimas, as investigações passaram a tratar a possibilidade de homicídio.
O Jornal da Paraíba separou as principais informações sobre o caso, com o que diz a família dos jovens e como a polícia trata o caso.
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A batida no poste

Os dois jovens morreram na madrugada do dia 30 de novembro de 2024, no bairro Muçumagro, em João Pessoa. Câmeras de segurança flagraram o momento.
Segundo informações repassadas pela Polícia Militar à TV Cabo Branco, as equipes policiais foram informadas durante a madrugada sobre uma festa ilegal que estaria acontecendo na região da Praia do Sol. Quando as equipes estavam nesse deslocamento, se depararam com três motocicletas em alta velocidade.
Ainda conforme o relato da PM à época, os agentes conseguiram parar uma dessas motocicletas, abordando um casal. Cada uma das três motos tinha um casal. As outras duas motos que não foram paradas, seguiram, uma foi pela contramão e a outra foi por cima da calçada. Nesse momento, a moto que subiu o meio-fio acabou batendo contra o poste. Guilherme, que pilotava, e Ana Luiza, estavam no veículo.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas não houve tempo para socorro. Os dois jovens acabaram morrendo na hora.
O que diz a família?

Após uma exumação dos corpos, no dia 12 de junho, motivada pelo pedido das famílias, o pai de Ana Luzia alega que recebeu um laudo pericial, realizado pela própria polícia. Nele, o familiar disse que houve a constatação de que Guilherme foi morto com tiros na cabeça. A afirmação aconteceu nesta quinta-feira (17), em entrevista para a TV Cabo Branco.
“Guilherme teve o disparo de arma de fogo, onde a gente viu as fotos, muito estrago na cabeça dele. Consequentemente, a minha filha também foi vítima, né, devido a estar com Guilherme e dependia dele”, ressaltou.
O pai de Ana Luiza, Joselito Pereira, afirmou que os jovens foram mortos a tiros e que os disparos foram feitos por policiais militares. Conforme relato do pai, ele solicitou um laudo pericial particular, anterior ao feito pela polícia após a exumação, para constatar a causa da morte e, neste laudo, houve o apontamento de que tiros haviam perfurado os corpos dos jovens e que isso causou as mortes.
Os corpos dos jovens foram enterrados nesta quinta-feira (17), no cemitério Nossa Senhora da Boa Morte, em Bayeux.
As investigações da Polícia Civil e o que diz a PM
O caso, que antes era investigado pela Delegacia de Crimes de Trânsito da capital, foi transferido e reaberto para ser investigado pela Delegacia de Homicídios. A delegada responsável pelo caso é Luísa Correia, titular da delegacia.
De acordo com o Numol, o resultado dos novos laudos após a exumação foram enviados para a delegada. Não foi informado por quais exames os corpos passaram. O Jornal da Paraíba entrou em contato com a Polícia Civil para falar sobre as investigações e o resultado dos laudos, mas a delegada preferiu não comentar.
O Jornal da Paraíba também entrou em contato com a Polícia Militar que, por meio da assessoria, informou que só vai se pronunciar após o resultado da investigação.
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