COTIDIANO
Advogado de 22 gatos pede urgência à Justiça sobre processo contra condomínio
Juiz Marcos Aurélio Pereira Jatobá Filho retirou os 22 gatos da autoria da ação.
Publicado em 18/08/2021 às 12:17 | Atualizado em 18/08/2021 às 15:38
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A Justiça retirar 22 gatos da autoria do processo contra um condomínio de João Pessoa que tenta impedir a presença dos animais do local. O advogado Francisco Garcia informou que o Instituto Protecionista SOS Animais e Plantas, que agora encabeça a ação, entrou com recurso pedindo urgência ao juiz. O pedido é com relação a questões como o direito dos animais à alimentação.
Francisco Garcia é coordenador do Núcleo de Justiça Animal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e concedeu entrevista ao Bom Dia Paraíba nesta quarta-feira (18). Segundo ele, somente a autoria do processo mudou, mas a ação continua. O advogado informou que, na noite desta terça-feira (17), entrou com recurso pedindo urgência ao juiz com relação a questões como o direito à alimentação.
“A ação foi extinta em relação à autoria dos animais. A ação continua tramitando normalmente. É tanto que ontem à noite ingressamos com recurso pedindo que o juiz se pronuncie em relação aos pleitos urgentes que continuam lá. Como por exemplo, o pedido que os animais continuem sendo alimentados”.
Francisco Garcia informou que os moradores do condomínio ainda estão proibidos de alimentar os 22 gatos. “Eles não estão sendo alimentados porque o condomínio continua proibindo que os animais sejam alimentados e tenham sua sede saciada”.
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Ação dos 22 gatos
Segundo os moradores, os gatos vivem no condomínio há muitos anos, antes inclusive da presença dos condôminos. Eles colocam água, comida, levam os animais a médicos veterinários quando necessário. No entanto, a administração do condomínio passou a notificar os moradores para que não cuidem mais dos bichos. Com a dificuldade de chegarem a um acordo, o caso foi parar na justiça.
Todos os 22 gatos do condomínio "assinaram" a ação. Entre eles, Mãe de Todos, Mostarda, Pretinha, Escaminha, Bubuda e Guerreiro. Além de Wesley, Pérola, Medroso, Juliete, Assustado, Preta, Atleta e Aparecido. Também assinam Rainha, Esposo, Doida, Branca, Oncinha, Maria-Flor, Matuto e Sol.
O juiz Marcos Aurélio Pereira Jatobá Filho decidiu que os animais não possuem capacidade para demandar em processos.
“Julgo extinto o feito, sem resolução de mérito, em relação aos animais que figuram no polo ativo, por falta de pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo. Com o trânsito em julgado desta decisão, deverá o feito prosseguir apenas com relação ao Instituto Protecionista SOS Animais e Plantas”, relatou.
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