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COTIDIANO

Marcelinho Paraíba diz que delegado ocultou provas

Jogador falou sobre indiciamento após prestar depoimento em delegacia.

Publicado em 24/01/2012 às 18:08

Logo após prestar depoimento na 7ª Delegacia Distrital de Campina Grande, o jogador Marcelinho Paraíba mostrou tranquilidade sobre o seu indiciamento por estupro. “Tenho certeza que vou ser inocentado na Justiça, tenho a consciência limpa”, disse o atleta do Sport Club do Recife. Ele foi ouvido na condição de testemunha nesta terça-feira (24), no inquérito que investiga se o delegado Rodrigo Pinheiro efetuou disparos de arma de fogo durante uma festa que aconteceu em seu sítio, em novembro de 2011. Rodrigo Pinheiro é irmão da suposta vítima do estupro.

Marcelinho ainda declarou que participou na condição de vítima no depoimento prestado hoje. “Com relação ao depoimento de hoje, estou depondo na condição de vítima, porque o delegado chegou na festa com duas armas, mas o revólver que ele entregou no dia da prisão foi um 38, sendo que os disparos foram feitos por uma pistola”, explicou o jogador.

Afonso Vilar, advogado que representa o atleta, solicitou que o depoimento fosse adiado para esta terça-feira (24) porque Marcelinho estava escalado para um jogo contra o Petrolina, pelo Campeonato Pernambucano, na noite de segunda (23). Na ocasião, o delegado Francisco de Assis de Souza já havia adiantando que outras testemunhas também seriam intimadas a depor no inquérito que investiga Rodrigo Pinheiro, informação confirmada nesta terça, quando outras três testemunhas aguardam na delegacia para serem ouvidas sobre o caso.

Na sexta-feira (20), a delegada Herta de França confirmou o indiciamento de Marcelinho Paraíba por estupro. Em entrevista coletiva ela disse que o laudo de exames feitos na mulher, que disse ter sido vítima do jogador, tem elementos suficientes para tipificar o crime.

Em relação aos detalhes do laudo, a delegada disse apenas que o couro cabeludo da vítima apresentava hematomas e que a tese do beijo forçado foi comprovada por conta de cortes no lábio. O inquérito foi concluído e entregue ao Ministério Público.

Entenda o caso


De acordo com o delegado Fernando Zoccola, a suposta vítima afirmou em depoimento que o crime aconteceu em novembro de 2011 durante uma festa no sítio do jogador em sua cidade natal, Campina Grande, para comemorar a ascenção do time à Série A do Campeonato Brasileiro.

Segundo ela, Marcelinho forçou um beijo e a agrediu, puxando seus cabelos. A mulher apresentava cortes na boca e foi levada para a Unidade de Medicina Legal (UML) onde foi submetida a um exame de corpo de delito.

Além de Marcelinho Paraíba, outros três amigos foram detidos durante o tumulto. Eles foram indiciados por resistência à prisão e desacato a policiais militares. Na ocasião o jogador chegou a ser preso no presídio Serrotão e foi liberado após uma determinação da Justiça.

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Jornal da Paraíba

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