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COTIDIANO

Médico paraibano ajuda refugiados na fronteira com a Ucrânia

Profissional de Campina Grande está na Polônia para ajudar quem chega do país invadido pela Rússia.

Publicado em 21/04/2022 às 9:04


                                        
                                            Médico paraibano ajuda refugiados na fronteira com a Ucrânia
Médico paraibano, Josik Costa dá assistência a refugiados na fronteira da Ucrânia

Um médico paraibano está na Polônia, bem na fronteira com a Ucrânia, e vem trabalhando par dar assistência aos muitos refugiados de guerra que estão abandonando às pressas o país invadido pela Rússia. Josik Costa é missionário de uma organização não governamental religiosa com sede em Campina Grande e participa dos esforços para minimizar o sofrimento dos envolvidos.

Ele conversou ao vivo nesta quinta-feira (21) com a equipe do Bom Dia Paraíba e explicou que a missão principal é promover o acolhimento de quem fugiu de suas próprias casas. Ainda assim, enumera outras dificuldades adicionais que dificultam a ambientação no país do Leste Europeu.

"Um dos grandes desafios é o frio. O frio de Campina Grande nem se compara com o que a gente encontra aqui", compara.

Josik fala também da alimentação, que segundo ele é "muito diferente". Mas, em seguida, destaca o que para ele realmente importa:

"O desafio principal é lidar com as pessoas, com as emoções, com os sentimentos de quem se vê numa situação completamente instável, totalmente diferente da que a gente costuma ver no dia a dia", comenta.

O médico destaca o quão gratificante é o sentimento de "acolhimento" dos ucranianos diante do trabalho voluntário. "Apesar de ser médico, eu estou exercendo a função de ser humano. O objetivo é acolher, dar humanidade, dar apoio espiritual, emocional e sentimental, que todas essas pessoas precisam para construir uma nova vida".

Ademais, o campinense tranquiliza seus familiares e amigos dizendo que está bem, numa área que, ao menos a princípio, está fora de riscos de ser atacado.

"Como a Polônia é um país membro da Otan, é muito improvável que a guerra chegue aqui. Se chegar a esse ponto, eu estarei muito mais preocupado com o mundo do que comigo. Porque se chegar a esse ponto é porque houve um conflito com a Otan, e isso não seria nada legal", explica, se referindo à Organização do Tratado do Atlântico Norte, acordo militar que reúne os Estados Unidos e países da Europa.

Ele está com passagem de volta ao Brasil comprada para 6 de maio, mas o médico comenta que a vontade era ficar ainda mais tempo. Josik explica que, no momento que acolhe, se sente acolhido também pelas pessoas.

"Eu tenho certeza que vou voltar para Campina Grande com muitos ensinamentos e muitas histórias para contar", finalizou.

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Jornal da Paraíba

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