COTIDIANO
Mônica Salmaso mostra ao vivo como seu canto é grande e belo
Publicado em 18/12/2017 às 5:50 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:43
O público que lotou a Sala de Concertos Maestro José Siqueira, neste domingo (17) em João Pessoa, assistiu a um programa especialíssimo.
O Quinteto da Paraíba trouxe a cantora Mônica Salmaso e o maestro e pianista Nelson Ayres para o encerramento da primeira temporada do projeto Quinteto Convida.
Mônica Salmaso é uma das maiores cantoras do Brasil.
Técnica, emoção, escolha de repertório, discos primorosos, performance impecável no palco. Um conjunto que a põe no topo.
O refinamento do trabalho e a opção por não ceder ao que o mercado impõe a inserem num grupo de artistas que correm por fora, longe do sucesso.
Ela faz parte de uma imprescindível reserva de qualidade.
A beleza e a grandeza do seu canto estão nos discos que gravou, e tudo se agiganta quando podemos vê-la ao vivo.
Como há pouco mais de um ano, quando passou por aqui com Corpo de Baile.
Como neste encontro de agora com o Quinteto da Paraíba e Nelson Ayres. O maestro, parceiro de Mônica há anos em estúdios e palcos. O Quinteto, grupo que orgulha a Paraíba e projeta a música que se faz aqui.
Há momentos leves e divertidos no programa (Ciranda da Bailarina, Gírias do Norte), mas predomina a melancolia dos temas de Jobim (Chora Coração, Olha Maria, Derradeira Primavera), Guinga (Procissão da Padroeira, Porto de Araújo), Sivuca (Reunião de Tristeza) e Ayres (Noite).
Mônica brilha quando faz essas escolhas.
Em oposição à densidade das canções, sua postura no palco é de uma alegria esfuziante.
Ontem, mais ainda, pelo prazer que havia naquela reunião de músicos.
Mônica Salmaso - sua voz, sua performance, suas histórias, o diálogo que estabelece com os parceiros de palco e com todos nós, que estamos na plateia. Assim, ela faz o que vimos ontem à noite em João Pessoa.
E nos arrebata.
Cantar com o Quinteto da Paraíba - disse ela - foi como ganhar um presente de Papai Noel.
Ver Mônica Salmaso de perto com o Quinteto da Paraíba e Nelson Ayres, do jeito que vimos na Sala José Siqueira, nem Papai Noel nos daria um presente assim!
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