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COTIDIANO

Motorista que causou acidente da família Ramalho se entrega

Estudante João Paulo Guedes Meira se entregou ontem à Justiça.

Publicado em 15/12/2011 às 8:00

Pouco mais de 4 anos e 7 meses depois de se envolver em um acidente que terminou na morte de três pessoas da família Ramalho, o estudante João Paulo Guedes Meira se entregou ontem à Justiça. Ele se apresentou no Fórum da cidade de Guarabira, no Brejo, acompanhado pelo advogado Mário Júnior, e depois foi recolhido na Penitenciária João Bosco Carneiro na cidade.

A apresentação espontânea aconteceu por volta de 13h, conforme o juiz de execuções penais do município, Bruno Azevedo. “Ele foi colocado no isolamento para o reconhecimento, e depois será integrado à população carcerária. Esse é o procedimento padrão, que ocorre com todos os presos que aqui chegam”, explicou o magistrado, acrescentando que o réu ficará à disposição do 1º Tribunal do Júri de João Pessoa, onde responde pelos crimes de homicídio e lesão corporal dolosos.

João Paulo Meira tinha tido a prisão preventiva decretada, mas estava foragido. Segundo a polícia, ele dirigia um veículo golf em alta velocidade pela avenida Epitácio Pessoa e acabou colidindo no automóvel Pálio, onde vinham o motorista Francisco de Assis Guerra Ramalho, Matheus Cavalcanti Ramalho e Antônio de Pádua Guerra Ramalho, que morreram devido à gravidade dos ferimentos. Todos eram primos do cantor Zé Ramalho.

“Ele se apresentou espontaneamente. Nosso constituinte estava na Paraíba, em uma cidade perto de Guarabira e já há um recurso junto ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para que ele responda em liberdade”, frisou Mário Júnior. Ele também ressaltou que a defesa do acusado pede que o fato não seja caracterizado como doloso, sendo por conseguinte o réu impronunciado e julgado por uma Vara Criminal Comum e não pelo Tribunal do Júri.

“Além disso, o que a defesa continua questionando dentro do processo é que não existiu dolo, porque ninguém sai de casa dirigindo um carro com a intenção de matar. É preciso que isso seja considerado”, observou Mário Júnior.

Para a família das vítimas, porém, a dor e as recordações da tragédia ainda são marcas fortes e que devem ser ‘minimizadas’ pela Justiça. “O sentimento nesse momento é que a Justiça está começando a ser feita e certamente é isso que nós esperamos durante todo esse tempo”, argumentou a funcionária pública Maria do Socorro Ramalho.

Imagem

Jornal da Paraíba

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