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COTIDIANO

MPPB investiga denúncias de sequestro, cárcere privado e abuso sexual em comunidade terapêutica

Comunidade terapêutica em Santa Rita é alvo de investigação do Ministério Público após denúncias de cárcere privado, abuso sexual e entre outros.

Publicado em 30/09/2024 às 18:27


				
					MPPB investiga denúncias de sequestro, cárcere privado e abuso sexual em comunidade terapêutica
Comunidade Terapêutica em Santa Rita, é investigada pelo Ministério Público da Paraíba..

Uma comunidade terapêutica localizada na Zona Rural de Santa Rita, na Grande João Pessoa foi alvo de uma ação do Ministério Público da Paraíba nesta segunda-feira (30). O local, identificado como Comunidade Terapêutica Recomeço, é alvo de denúncias como cárcere privado, sequestro, trabalho forçado, abuso sexual e abuso químico. Três pessoas foram autuadas e levadas à delegacia para esclarecimentos.

O Jornal da Paraíba entrou em contato com a Comunidade Terapêutica Recomeço para ter uma posição sobre as denúncias. A assessoria jurídica da instituição disse que vai se pronunciar publicamente após o esclarecimento dos fatos junto à Justiça.

Entre os órgãos presentes durante a fiscalização, estiveram a Vigilância Sanitária e o Conselho Regional de Farmácia da Paraíba. No local, foram encontradas diversas irregularidades em relação às condições sanitárias e ao uso e distribuição dos medicamentos, que eram armazenados de forma inadequada e fora da validade.

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No local, que abrigava aproximadamente 100 internos, vários pacientes relataram terem sido internados contra a própria vontade e terem sido vítimas de agressões físicas e trabalho forçado. Após a fiscalização ter sido concluída, 48 internos foram resgatados.

“Todos os internos eram submetidos a horários de trancamento nos quartos, a tratamento químico, caso precisassem ‘se acalmar’. Eram aplicados injetáveis, comprimidos e sem a orientação médica, sem a individualização desses remédios, dessas medicações, o que não poderia ocorrer em uma comunidade terapêutica. Até denúncia de abuso sexual houve aqui", disse a promotora Ana Maria França, que participou da ação.

Foram levados à delegacia o diretor, o coordenador e um monitor do estabelecimento. "Agora vamos seguir com os procedimentos, processos de praxe”, completou a promotora.

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Mabel Pontes

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