COTIDIANO
MPT ouve pastor acusado de aliciar trabalho escravo
Pastor negou todas as acusações. Conselheira tutelar também foi ouvida na audiência.
Publicado em 14/10/2010 às 17:03 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:34
Da Redação
Com Assessoria
O Ministério Público do Trabalho (MPT) na Paraíba ouviu, nesta quarta-feira (13), em Campina Grande, o pastor evangélico acusado de aliciar pelo menos três adolescentes para trabalho forçado, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul. O pastor negou todas as acusações. Foi ouvida também a conselheira tutelar Maria da Conceição Firmino da Silva. A audiência foi presidida pelo procurador do Trabalho Eduardo Varandas.
Maria da Conceição afirmou que um dos adolescentes já era maior de idade quando foi levado a Passo Fundo, mas que havia outro adolescente de 17 anos também aliciado para desenvolver trabalho escravo no Rio Grande do Sul. Foi relatado também um caso de agressão aos trabalhadores que não se submetiam às regras de vendas forçadas e produtividade.
O pastor evangélico, que, à época dos acontecimentos, atuava no município de Patos, negou a acusação de que ele teria sido o responsável pela ida dos adolescentes à cidade do Sul.
Há dúvidas de que todos os envolvidos sejam menores de idade. "Mesmo que todos tenham mais de dezoito anos, os fatos devem ser apurados com mais cuidado, pois a exploração do trabalho forçado, se comprovada, é também criminosa, ainda que envolva adultos", afirmou o procurador Eduardo Varandas, que trabalha no caso junto com a delegacia da Polícia Federal de Patos, a Promotoria de Serra Branca e a Procuradoria do Trabalho de Passo Fundo.
Antes mesmo da audiência desta quarta, os adolescentes já haviam voltado aos seus municípios de origem.
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