COTIDIANO
Mutirões do judiciário comprometidos por greve de defensores públicos
Segundo o presidente do Sindicato dos Defensores Públicos da Paraíba cerca de 70% dos profissionais aderiram ao movimento e julgamentos estão sendo adiados.
Publicado em 07/10/2009 às 20:02 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:38
Maurício Melo
Os mutirões promovidos pelo Tribunal de Justiça em todo o Estado está tendo seus resultados comprometidos por conta da greve dos defensores públicos, que teve início esta semana. Segundo o presidente do Sindicato dos Defensores Públicos da Paraíba, Levi Borges, cerca de 70% dos profissionais aderiram ao movimento.
Sem os defensores, boa parte das audiências dos Tribunais do Juri deixam de acontecer uma vez que o réu fica sem representante e quem o defenda. Com isso, a sessão é encerrada e o mutirão prejudicado. "Temos que defender nossa categoria, queremos apenas uma remuneração digna", disse Borges.
No entanto, a defensora geral da Defensoria Pública do Estado, Fátima Lopes, garante que não passam de 30% os defensores que pararam suas atividades e que o protesto não tem gerado nenhum atraso aos mutirões da Justiça. "Ela não visitou o interior e não sabe o que está acontecendo, rebateu o presidente do sindicato.
A greve
Segundo Borges, há mais de um ano que é feita a reivindicação de fixação das remunerações que, segundo ele, é determinado pela constituição federal, e que em outubro do ano passado já haviam feito uma paralisação.
O defensor ainda denunciou supostas represálias por parte da defensora geral do Estado que teria cortado o vencimento de 82 defensores e colocado uma guarnição da Polícia Militar em frente ao prédio da Defensoria Pública da Paraíba para conter manifestações dos grevistas, no dia do anúncio oficial da greve.
Comentários