COTIDIANO
Operação cumpre mandados para desarticular estrutura de comando de facção criminosa na Paraíba
Investigações apontam uso de contas e chaves Pix em nome de terceiros para financiar armas, logística e membros presos.
Publicado em 18/09/2025 às 8:45

Uma operação foi realizada nesta quinta-feira (18) em cinco cidades paraibanas e em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para enfraquecer a estrutura financeira, administrativa e de comando de uma facção criminosa que atua na Paraíba.
As investigações indicam que a facção mantinha um sistema de arrecadação ilegal, conhecido como “caixinhas”, abastecido por contas bancárias e chaves Pix em nome de terceiros. O dinheiro era usado para a compra de armas, manutenção de presos e logística do grupo.
O braço administrativo, conduzido pelas chamadas “cadastreiras”, gerenciava bancos de dados de integrantes, controlava territórios dominados e preservava a hierarquia da organização. Já o núcleo de comando tomava decisões estratégicas, como decretos de morte, expulsões e expansão territorial.
No total, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, 10 de prisão preventiva e o sequestro de bens e valores ligados aos investigados. As medidas cautelares foram expedidas pela 1ª Vara Regional de Garantias da Comarca de João Pessoa.
Na Paraíba, as ações ocorreram em João Pessoa, Sertãozinho, Guarabira, Santa Rita e Campina Grande, com a participação de mais de 70 agentes. A força-tarefa reuniu Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícias Penais estadual e federal, além de outros órgãos parceiros.
Segundo a Polícia Federal, o objetivo da ação, chamada de Stakeholders II, foi asfixiar o patrimônio da facção, enfraquecer sua estrutura organizacional e neutralizar sua capacidade de comando, atingindo diretamente os setores financeiro, burocrático e hierárquico da organização criminosa.
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