Operação interestadual procura acusados de receptar veículos na PB

Da Redação
Com pe360º

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco desencadeou, na manhã desta quarta-feira (6), a Operação Desmanche, uma ação interestadual de repressão ao roubo, furto, receptação e adulteração de carros. Acusados de envolvimento nestes crimes são procurados em 16 cidades do Nordeste, inclusive em João Pessoa.

A suspeita é de que a quadrilha age nos municípios de Recife, João Alfredo, Casinhas, Surubim, Limoeiro, Paudalho, Igarassu, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Abreu e Lima, Paulista, Carpina e Olinda (em Pernambuco), João Pessoa (PB), Parnamirim e Natal (Rio Grande do Norte).

Treze pessoas já foram levadas para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil de Pernambuco. A expectativa da polícia é cumprir 27 mandados de prisão preventiva e 29 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Recife.

Aproximandamente 250 policiais, entre eles civis e militares, além de seis peritos criminais, participam da ação.

Como funcionava

A investigação da operação foi realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos de Recife, com apoio do Núcleo de Inteligência do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais. As diligências policiais começaram em janeiro deste ano, a partir de uma investigação voltada a roubos e furtos de veículos que estavam ocorrendo nesta capital. Os automóveis tinham como destino final a Zona da Mata Norte de Pernambuco e os estados vizinhos da Paraíba e Rio Grande do Norte.

As informações apontaram a ação de um grupo de "puxadores de veículos" liderados por Adeilton Valença de Queiroz, o "Dito", e Adesisto Valença de Queiroz, conhecido por Deo. Eles, juntamente com diversos comparsas, furtavam e roubavam veículos na Região Metropolitana do Recife, obedecendo a encomenda de receptadores no interior do Estado, bem como da Paraíba e Rio Grande do Norte.

Como principais lideres do grupo de receptadores, se destacam José Joacir Cristovão da Silva, o "Olhinho", e Josicelio Moura de Araujo, o "Célio Pobre". A polícia constatou que os receptadores utilizavam os veículos roubados e furtados ora para desmanchá-los para vender as peças em ferro-velhos ou lojas de autopeças, para preservar o veículo adulterando seus sinais identificadores.

Muitos dos integrantes frequentavam leilões, comprando e vendendo veículos "batidos" ou em mal estado de conservação, para aproveitar o chassi destes automóveis na prática ilegal da modalidade conhecida como "encarroçamento".

A operação é coordenada pela Diretoria de Operações de Polícia Judiciária da Polícia Civil de Pernambuco.