COTIDIANO
Países do euro colocam ¤ 30 bilhões à disposição da Grécia
Ministros europeus realizaram conferência neste domingo para definir ajuda; ativação do empréstimo dependerá do governo grego
Publicado em 11/04/2010 às 16:20
Da Agência Estado
Os governos da zona do euro (grupo dos 16 países que adotam o euro como moeda) entraram em um acordo neste domingo, 11, sobre as condições para a concessão de um primeiro empréstimo no valor de € 30 bilhões à Grécia, caso o país necessite. O anúncio foi feito pelo presidente do grupo de ministros das finanças, o Eurogrupo, Jean-Claude Juncker. Ele ressaltou, contudo, que o Eurogrupo não decidiu sobre a ativação dos empréstimos, o que dependerá da decisão do governo grego.
Outra parte da ajuda, não detalhada ainda, será apresentada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O encontro foi realizado neste domingo (11) por meio de teleconferência.
O preço dos empréstimos bilaterais europeus será fixado conforme as regras usadas pelo FMI e deverá girar em torno de 5% de juros no primeiro ano, afirmou o comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn.
Na semana passada, cresceram as especulações e perspectivas de que a Grécia terá de recorrer ao pacote, tendo em vista a dificuldade que o país vem encontrando para se financiar no mercado, por causa do elevado retorno pedido pelos investidores. O país enfrenta um grande desequilíbrio nas contas públicas e taxas de desemprego cada vez maiores.
Na última sexta-feira (9), a agência de classificação Fitch Ratings rebaixou as notas de risco de probabilidade de inadimplência do emissor (IDR) de longo prazo da Grécia em moeda estrangeira e local para BBB-, de BBB+. A perspectiva para os ratings é negativa. Em um comunicado, a agência afirmou que o rebaixamento reflete a intensificação dos desafios fiscais em resposta às perspectivas mais adversas para o crescimento econômico e ao aumento dos custos com juros.
O governo grego busca cumprir a meta de déficit orçamentário de 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010. Em 2009, o resultado negativo deverá ficar em 12,9% do PIB, segundo estimativas do próprio governo, mais do que quatro vezes o limite estipulado pela União Europeia.
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