COTIDIANO
Paraíba registra uma tentativa de golpe a cada 2,6 minutos em 2025
Crescimento nas ocorrências foi de quase 24% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Serasa Experian.
Publicado em 06/07/2025 às 15:17

A Paraíba registrou 48.255 tentativas de fraude apenas no primeiro trimestre de 2025, de acordo com dados do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian. O número representa 1,4% do total nacional e equivale a uma tentativa de golpe a cada 2,6 minutos.
Em proporção à população, foram 3.870 ocorrências por milhão de habitantes, o que representa um crescimento de 23,9% em relação ao mesmo período de 2024.
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Segundo o gerente executivo da Serasa Experian, Luiz Morra, o avanço da tecnologia tem sido usado por criminosos para aplicar golpes com mais precisão.
"O aumento no número de tentativas de fraude está diretamente relacionado à crescente sofisticação das táticas utilizadas pelos criminosos, como o uso de inteligência artificial aplicada à prática de golpes", explicou.
Golpes mais comuns envolvem engano e vazamento de dados
Grande parte dos crimes se baseia em técnicas de engenharia social, quando os golpistas enganam as vítimas por meio de telefonemas, mensagens, e-mails ou sites falsos criados para capturar dados, segundo Luiz. A vítima, acreditando estar lidando com uma empresa legítima, fornece informações que acabam sendo usadas em fraudes.
Além disso, a exposição de dados pessoais também facilita as ações dos fraudadores. “Essa combinação entre tecnologia avançada, vulnerabilidades humanas e falhas sistêmicas acaba criando um cenário muito favorável para a atuação dos fraudadores”, destaca Morra.
Bancos são o principal alvo dos golpistas
Entre os setores mais atingidos no Nordeste, o de bancos e cartões lidera com 54% das tentativas de fraude registradas no primeiro trimestre.
Os segmentos de serviços (31,9%), financeiras (6,7%), telefonia (5,7%) e varejo (1,7%) também foram alvos, mantendo números estáveis ao longo dos três meses.
A faixa etária mais visada continua sendo a de consumidores entre 36 e 50 anos, com 32,9% das ocorrências registradas em março.
Em seguida aparecem os grupos de 26 a 35 anos (26,5%) e até 25 anos (15,3%). Já os consumidores entre 51 e 60 anos responderam por 13,4% dos casos, e os acima de 60 anos, por 11,9%.
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