COTIDIANO
Pedido da Palestina será analisado na sexta-feira
á indicações de que o tema divide os 15 integrantes da ONU. O argumento é que os palestinos não cumpriram os critérios para admissão
Publicado em 10/11/2011 às 8:00
O pedido da Autoridade Nacional Palestina (ANP) para integrar como membro permanente a Organização das Nações Unidas (ONU) será analisado nesta sexta-feira pelo Conselho de Segurança. No entanto, há indicações de que o tema divide os 15 integrantes do órgão. O argumento é que os palestinos não cumpriram os critérios para admissão na organização. “O comitê [de admissão de novos membros] não foi capaz de tomar uma decisão unânime sobre a recomendação ao Conselho de Segurança”, informa o relatório, elaborado pela delegação de Portugal, que está na presidência do conselho.
O relatório não inclui referências isoladas de posições, mas evidencia as divergências. O assunto será debatido e definido pelas delegações estrangeiras que integram o Conselho de Segurança. Até o fim de dezembro, o Brasil está entre os membros rotativos do órgão.
São membros permanentes do conselho a China, França, Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos. A aprovação do pedido dos palestinos deve contar com o apoio de todos, se houver uma discordância o assunto é rejeitado.
Os assentos rotativos estão ocupados pela Bósnia e Herzegovina, a Alemanha, Portugal, a Índia, África do Sul, Colômbia, o Líbano, Gabão e a Nigéria, além do Brasil. Em setembro, durante a 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a presidenta Dilma Rousseff defendeu o direito de um Estado da Palestina autônomo e independente.
REINO UNIDO
O Reino Unido irá se abster em caso de votação na ONU sobre o pedido de adesão da Palestina como Estado soberano, anunciou ontem no Parlamento o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague. "Em comum (acordo) com a França, e em consulta com nossos parceiros europeus, o Reino Unido vai se abster em qualquer votação sobre a adesão plena palestina à ONU", disse Hague. "Nós nos reservamos o direito de reconhecer bilateralmente um Estado palestino no momento de nossa escolha e quando melhor puder proporcionar a paz".
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