COTIDIANO
Polícia investiga roubos de carga
Esse ano já foram registrados dez roubos de carga nas estradas paraibanas; Polícia investiga articulação com grupos em estados vizinhos.
Publicado em 01/08/2012 às 6:00
A Polícia Civil da Paraíba e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) investigam a atuação de grupos especializados em roubos de carga no Estado. De acordo com as investigações, existe uma articulação entre grupos paraibanos com bandidos de estados vizinhos e a polícia não descarta a comunicação com outras pessoas fora da região Nordeste. Esse ano já foram registrados aproximadamente dez roubos de carga nas estradas paraibanas.
Para o delegado Leonardo Souto Maior, titular da delegacia especializada em Roubos e Furtos de Veículos, a atuação dos criminosos em roubos de carga acontece de forma organizada, com grupos especializados em receptação e repasse dos produtos roubados. “Não sei se entre eles existe uma hierarquia porque são células. O grupo que rouba passa para o que recepta, que, por sua vez, tem outros atravessadores. Então, existe uma conexão entre eles”, explicou.
Durante a manhã de ontem, por meio de denúncia e em uma operação conjunta com a PRF, um casal foi preso em flagrante por receptação qualificada. De acordo com Leonardo Souto Maior, os acusados seriam ‘intrujões’, ou seja, pessoas que compram mercadorias provenientes de roubos e furtos para revender. “Eles recebem esse material, guardam para depois repassar e já têm o destino certo para a mercadoria”, completa.
Na residência de Valter Barbosa Teixeira, de 31 anos, e Marilu Gomes Estanislau, de 33 anos, no bairro do Bessa, em João Pessoa, os policiais encontraram parte de uma carga de cosméticos roubada no estado de Pernambuco. Além disso, também foram encontradas dezenas de pneus de carro, produtos eletroeletrônicos, videogames, cadeirinhas de segurança para bebês, capacetes e até material de construção.
Pela diversidade do material, a polícia acredita que boa parte dos produtos seja de cargas roubadas. Segundo o delegado, os grupos que atuam em roubo de carga não têm mercadorias específicas para serem roubadas. “Eles atuam de acordo com a oportunidade e na rede de organização, existem os revendedores, que são as células criminosas que se comunicam, mesmo sem ter hierarquia”, reforça.
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