COTIDIANO
Polícia faz reconstituição da morte de casal de idosos em Sapé
Reconstituição do caso dos idosos em Sapé contou com a presença dos quatro investigados pelo crime, mas apenas dois deles concordaram em participar.
Publicado em 06/11/2025 às 14:19

A equipe de Perícia Criminal da Polícia Civil realizou nesta quinta-feira (6), a reconstituição do crime que provocou a morte de um casal de idosos em agosto deste ano, na cidade de Sapé, na Zona da Mata paraibana. As vítimas, Nelson e Célia Honorato, tiveram os corpos encontrados em estágio avançado de decomposição, enterrados em uma área de mata da zona rural da cidade.
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Dos quatro suspeitos investigados pelo caso, três foram trazidos pela polícia até o local onde tudo aconteceu, mas apenas dois concordaram em participar da reconstituição do crime.
Os investigados participantes foram Nicolas Jefferson, de 19 anos, suspeito de executar a morte dos idosos, e o homem identificado apenas como Severino, que é suspeito de aplicar um golpe “mata-leão” em Célia Honorato para que os demais suspeitos realizassem o assassinato. Ailton Nascimento, apontado pela polícia como sendo o mandante do crime, se recusou a participar, assim como o quarto investigado, que não teve o nome divulgado.
De acordo com Polícia Civil, a reconstituição foi feita para promover um exame de reprodução simulada, com o propósito de esclarecer detalhes que a Perícia Criminal não conseguiu obter no local ou resolver discrepâncias apresentadas nos depoimentos dos envolvidos no crime.
No local, vizinhos das vítimas e moradores da região se reuniram e formaram uma agitação para gritar palavras justiça e expressar o sentimento de revolta contra os criminosos. A movimentação foi supervisionada e contida por equipes da Polícia Militar e da Polícia Penal, que também foram convocados para atuar durante a simulação do crime.

Após a reconstituição, os investigados foram conduzidos pelos policiais e encaminhados novamente para o presídio. As informações coletadas durante a reconstituição serão analisadas pela Perícia Criminal da Polícia Civil, para que as versões dos investigados sejam comparadas com o material já reunido pela polícia.
Casal de idosos mortos em Sapé: entenda caso

De acordo com a Polícia Civil, Célia e Nelson Honorato desapareceram em 18 de agosto. O delegado Márcio Pereira informou que nesse dia ocorreu o assassinato de ambos.
Após a morte do casal, Ailton e Nicolas levaram os corpos para uma área de mata, onde foram enterrados, estando enrolados por cobertores.
O casal de idosos estava tentando vender a casa deles e se mudar para João Pessoa. Durante o processo de venda da casa, Ailton se apresentava como corretor de imóveis e conquistou a confiança dos idosos, alegando que estava procurando compradores para o imóvel. A motivação do crime, segundo a Polícia Civil, seria ficar com a casa.
No dia 18 de agosto, Ailton chegou com Nicolas Jefferson, de 19 anos, suspeito de executar a morte dos idosos, e o identificou como alguém que estava interessado em alugar uma casa nos fundos do imóvel das vítimas para poder entrar na casa.
Ao receber a visita de Ailton e de Nicolas, Nelson Honorato levou ambos para vistoriar o imóvel. Nesse momento, Nicolas desferiu um golpe com um martelo na cabeça do idoso, mas não conseguiu concluir. Então, Ailton Emanuel teria terminado a execução, atingindo o idoso com pelo menos 10 golpes de martelo.
Posteriormente, Célia, que não estava em casa durante a morte do marido, pois realizava uma consulta de saúde, foi também assassinada. De acordo com a polícia, Ailton disse que o marido dela estava com um potencial inquilino e pediu para que ela fosse aos fundos da casa. Ao chegar lá, Nicolas também desferiu marteladas na cabeça da idosa, que morreu.
Durante a execução do crime, o filho das vítimas foi trancado no quarto pelos suspeitos.
Após a morte do casal, Ailton e Nicolas levaram os corpos para uma área de mata, onde foram enterrados, estando enrolados por cobertores. Ao ser preso, no dia 17 de setembro, Nicolas confessou o crime e apontou Ailton, que tinha sido detido antes, como mandante.

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