COTIDIANO
Presa quadrilha que aplicou golpe de R$ 170 mil contra aposentados
Acusados atuavam no Brejo e em Campina Grande. Operação denominada Caça-Fantasma vai se estender até o cumprimento de todos os mandados de prisão.
Publicado em 20/03/2010 às 15:36
Silvana Torquato
Do Jornal da Paraíba
Parte de uma quadrilha de estelionatários e especializada em aplicar golpes contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi desarticulada nesta sexta-feira (19). O juiz da comarca de Alagoa Nova, Eronildo José Pereira, expediu os mandados de prisão dos acusados, que atuavam principalmente na região do Brejo, e o delegado de Alagoa Nova, Durval Barros, já conseguiu localizar e prender quatro pessoas em Campina Grande. A operação, que foi denominada de Caça-Fantasma, vai se estender até o cumprimento de todos os mandados de prisão.
Segundo Durval, a quadrilha realizava empréstimos de R$ 4.300 com documentos falsos de aposentados e o prejuízo já contabiliza cerca de R$ 170 mil, pois os acusados já fizeram aproximadamente 40 vítimas. Com atuação em várias cidades, entre elas, Alagoa Nova, Bananeiras, Arara, Lagoa Seca, Esperança, Solânea, e até Campina Grande, o grupo usava as fotos de “laranjas” para confeccionar documentos falsificados. Por enquanto, a polícia está tentando prender apenas os “cabeças” da quadrilha, para depois, informou Durval, identificar e localizar os “laranjas”.
As primeiras prisões aconteceram durante o dia de ontem, em Campina Grande. Os nomes dos acusados não foram divulgados pela polícia para não atrapalhar as investigações e localização deles. “O caso é tão grave, pois esses estelionatários estão vendendo Cds com dados dos aposentados. E esses dados são extraídos do INSS. A Polícia Federal já está investigando para identificar quem está fornecendo essas informações do bando de dados do instituto”, acrescentou.
As investigações tiveram início em dezembro do ano passado e o inquérito policial foi concluído nos últimos dias. As fraudes só foram descobertas pelo delegado Durval quando idosos começaram a procurar a delegacia de Arara para relatar que estavam pagando por empréstimo indevidamente. Outras vítimas foram surgindo com as mesmas características do golpe. Para fazer o empréstimo, lembrou Durval, os acusados utilizavam os dados dos aposentados fornecidos pelo INSS, de maneira irregular e desconhecida, e falsificavam documentos como identidade e CPF com as fotos dos “laranjas”.
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