icon search
icon search
home icon Home > cotidiano
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

COTIDIANO

Presídios destruídos

Situação no Complexo Penitenciário Romeu Abrantes, foi considerada preocupante pelo juiz da Vara das Execuções Penais.

Publicado em 01/06/2012 às 6:30


Um dia após o fim da mais longa rebelião registrada em presídios da Paraíba, a situação no Complexo Penitenciário Romeu Abrantes, que abrange os presídios PB-1 e PB-2, foi considerada preocupante pelo juiz da Vara das Execuções Penais, Carlos Neves. Mesmo com a destruição quase total dos presídios, os detentos continuam abrigados em uma área considerada de emergência. Familiares do detentos afirmaram que, durante a madrugada de ontem, vários disparos foram efetuados no interior do complexo e bombas de efeito moral foram detonadas.

“A situação é preocupante. São penitenciárias que foram construídas com a finalidade de se estabelecer uma segurança máxima. Na medida em que acontece uma rebelião como essa, demonstra a fragilidade não só da estrutura física do complexo, mas também de todo o sistema de segurança, no ponto de vista de não se permitir o ingresso de qualquer tipo de objeto no interior da penitenciária,” afirmou o juiz Carlos Neves.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), na ‘varredura’ realizada nos presídios foram encontrados 51 espetos, 13 facas artesanais, barras de ferro, fios, uma tesoura e um punhal. Um artefato explosivo foi encaminhado para o Instituto de Perícia Científica (IPC). O material servirá de subsídio para a sindicância instaurada pela Polícia Civil.

A transferência dos detentos foi descartada, após uma intervenção emergencial do setor de engenharia no prédio, e algumas celas puderam ser utilizadas ontem. Ainda segundo a Seap, os presos foram mantidos em um único ambiente, separados por pavilhões. Para conter qualquer confronto entre os detentos, a segurança foi reforçada por equipes do 5º Batalhão de Polícia Militar (5º BPM) .

O tenente-coronel Lívio Sérgio, comandante do 5º BPM, revelou que durante a madrugada os detentos ainda tentaram se amotinar, mas a situação foi controlada. “Eles reivindicavam a utilização de banheiros. A direção providenciou banheiros químicos e a situação foi contida. Contamos com um policiamento bastante considerável, com equipes da Força Tática, Rotam, além do policiamento ostensivo e agentes penitenciários”, explicou o tenente-coronel Lívio.

O comandante ainda informou que o disparo que causou a morte de um detento não foi efetuado por policiais militares. “Em toda a rebelião nós utilizamos balas de borracha. Quando o preso foi ferido no PB-2, a Polícia Militar estava em negociação com o PB-1. Em todos os casos evitamos o confronto com os detentos e trabalhamos com negociações”, concluiu o tenente-coronel Lívio.

Na manhã de ontem, os policiais do Choque e Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) permaneceram de sobreaviso, mas não foram acionados para intervir nos presídios. O juiz Carlos Neves explicou que não há vagas disponíveis no Sistema Penitenciário da Paraíba para que seja realizada a transferência imediata de 350 apenados do PB1 e PB2. “Está sendo utilizado um sistema alternativo alternando-os nos pavilhões. Somente em casos de extrema necessidade é que iremos determinar uma transferência”, explicou o juiz, acrescentando que, no momento, o foco é a recuperação em caráter emergencial das instalações do presídio.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp