COTIDIANO
Protesto marca eleições no Egito
Autoridades brasileiras acompanham o processo eleitoral no país e devem se manifestar oficialmente depois do segundo turno.
Publicado em 24/05/2012 às 6:30
O clima ontem durante as eleições no Egito foi tenso e violento.
Pelos dados oficiais, pelo menos um policial foi morto e várias pessoas ficaram feridas durante confrontos entre eleitores de candidatos adversários e agentes do governo, na cidade do Cairo, capital do país. Pela primeira vez nos Egito, desde a renúncia do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak há 15 meses, 51 milhões de eleitores são esperados nos dois dias de votação – ontem e hoje, para escolher o futuro presidente. Na disputa, 12 candidatos concorrem à Presidência da República. Informações da Agência Brasil.
Há 15 meses, uma Junta Militar governa o Egito. Manifestantes, no entanto, queixam-se do governo informando que há privilégios aos militares e dificuldades para pôr em prática medidas democráticas. Autoridades brasileiras acompanham o processo eleitoral no país e devem se manifestar oficialmente depois do segundo turno.
Há, ainda, dúvidas sobre o processo de transição política no país.
O marechal Hussein Tantawi, chefe da Junta Militar, disse que pretende fazer a transmissão do cargo ao presidente eleito em junho. Especialistas apostam que haverá segundo turno nas eleições do país, em 16 e 17 de junho.
VOTAÇÃO
País mais populoso do chamado mundo árabe, o Egito tem 82 milhões de habitantes, que escolherão um entre 12 candidatos, depois de dez nomes terem sido rejeitados e uma pessoa ter desistido de concorrer às urnas. As eleições ocorrem no momento em que o clima de tensão e revolta ainda persiste na região.
De acordo com analistas políticos, o resultado das eleições está nas mãos dos eleitores indecisos. Na última pesquisa de opinião, elaborada pelo instituto Baseera em 16 de maio, 2,2 mil pessoas foram ouvidas. O último primeiro-ministro de Mubarak, Ahmad Chafiq, aparece na frente com 19,3%. Mas 33% dos entrevistados estão indecisos.
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