COTIDIANO
Quem é Robert Francis Prevost, Leão XIV, eleito novo papa
Primeiro papa americano, mas com trajetória longeva na Igreja do Peru, o Cardeal Robert Francis Prevost mantinha proximidade com Papa Francisco.
Publicado em 08/05/2025 às 15:12 | Atualizado em 08/05/2025 às 17:58

O cardeal Robert Francis Prevost, americano de 69 anos, foi eleito nesta quinta-feira (8) como o novo papa e se chamará Leão XIV. Em sua trajetória, ele se destaca pela ação missionária de décadas no Peru e também pela proximidade com o seu predecessor, o Papa Francisco. É o primeiro americano na história a ocupar o papado.
Francis Prevost foi escolhido por pelo menos 89 dos 133 cardeais – dois terços dos eleitores do conclave. Antes do americano Robert Prevost já havia outros 13 pontífices chamados Leão. O último a selecionar o nome Leão como marca do papado foi Gioacchino Pecci, em 1878.

Em seu primeiro discurso como novo papa, Leão XIV pediu paz no mundo, ressaltou o Papa Francisco e disse que a Igreja deve construir pontes. "Que a paz esteja com todos vocês", disse.
"Quero que essa saudação de paz entre no coração de vocês, a todas as pessoas. Deus ama a todos, e o mal não prevalecerá", falou emocionado no primeiro discurso.
Quem é o novo Papa
O primeiro papa americano da história, o cardeal Robert Francis Prevost nasceu em Chicago, nos Estados Unidos e atualmente tem 69 anos. Ele também é o primeiro pontífice oriundo de um país de maioria protestante.
Apesar da nacionalidade, grande parte da trajetória de Francis Prevost como membro da Igreja Católica aconteceu no Peru. Foi por lá que ele se destacou dentro da estrutura da igreja e alcançou o mais alto posto da Cúria Romana.
Antes de ser eleito como Papa, ele ocupava dois cargos importantes dentro da Igreja: prefeito do Dicastério para os Bispos, responsável pela nomeação de novos Bispos, além de ser presidente da Comissão Pontifícea Para a América Latina.
O agora Papa Leão XIV entrou para vida como membro da Igreja aos 22 anos, se formando em Teologia na União Teológica Católica da cidade de Chicago. Aos 27 anos, chegou em Roma para estudar direito canônico na Universidade São Tomás de Aquino.
Em 1982 foi ordenado como padre, depois de sua carreira missionária no Peru, onde ficou por 10 anos, inclusive durante o governo do ditador Alberto Fujimori. Ele chegou a cobrar desculpas do governo durante injustiças cometidas no período.
Em 2014 foi nomeado para outro cargo importante, como Administrador da Diocese de Ciclayo, função que o fez ser eleito Bispo. Ele permaneceu por nove anos como administrador da diocese e enfrentou um dos capítulos mais polêmicos da carreira, quando foi acusado de acobertar casos de abuso sexual cometidos por dois padres no Peru contra crianças. A diocese peruana nega as acusações e o Vaticano ainda não concluiu as investigações sobre o caso.
Em 2023, recebeu o título de cardeal, função esta que ocupou por menos de dois anos antes de ser eleito agora como o novo papa. Além disso, durante o período de internação do Papa Francisco, ele foi um dos responsáveis por organizar uma oração pública pelo então pontífice.
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