Recurso de Ronaldo sobe para o Superior Tribunal de Justiça

Aline Lins
Do Jornal da Paraíba

Nova reviravolta no Caso Gulliver. Uma parte do famoso processo, que envolve o ex-governador Ronaldo Cunha Lima (PSDB), acusado de tentativa de homicídio do ex-governador Tarcísio Burity, vai subir para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), cumprindo despacho do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz Sílvio Ramalho Junior. A decisão de Ramalho foi publicada ontem no Diário da Justiça.

A defesa de Ronaldo Cunha Lima convenceu o presidente do TJ da Paraíba que houve excesso de linguagem na sentença do juiz do 1º Tribunal do Júri que determinou que Ronaldo sentasse no banco dos réus para responder pela tentativa de homicídio.
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça terminou por anular a sentença, entendendo que “houve exageros na linguagem, constituindo um pré-julgamento”.

O relator do recurso, desembargador Nilo Ramalho, ainda mandou que o juiz reformasse a sentença. “Voto pela nulidade da sentença e pelo encaminhamento dos autos ao juízo de origem para que a mesma seja reformulada”, afirmou na ocasião do julgamento o desembargador Nilo. Só que a defesa agora está questionando a permanência do juiz à frente do caso, sendo este o motivo da interposição de um novo recurso, desta vez para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo o advogado Harrison Targino, que não faz parte do caso, mas conhece o processo, o juiz exorbitou as suas funções e deu opinião de cunho pessoal desairosos para Ronaldo.