Residentes reclamam da falta de segurança

Estudantes da residência universitária, que funciona no campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, reclamam da falta de segurança do local. Eles alegam que as janelas não possuem grades, o portão que dá acesso à rua está sem guarita de segurança e os muros que separam os apartamentos da Mata do Buraquinho estão com buracos e pontos vulneráveis.

Construída próximo ao Hospital Universitário Lauro Wanderley, a residência universitária possui 122 apartamentos e abriga 244 alunos, oriundos de cidades do interior da Paraíba e de outros Estados.

Segundo o administrador da residência universitária, Ivanildo de Souza, existem mais dois prédios em construção, que deverão comportar mais 130 apartamentos. No entanto, as edificações não possuem estrutura de segurança. O ponto mais crítico é uma área aberta, que fica por trás dos apartamentos.

O local possui quase 50 metros quadrados e é usado pelos estudantes como se fosse um quintal. “Já solicitamos a instalação de refletores nesse local por causa da escuridão.

Nossa preocupação é maior porque esse trecho fica do lado da mata”, disse Ivanildo.

Além da iluminação, outra queixa é a presença de uma abertura feita no muro. Ela possui aproximadamente quarenta centímetros de largura e um metro de extensão e foi criada em virtude da raiz exposta de uma árvore, que não foi arrancada durante a construção do muro.

A estudante do curso de Serviço Social, Amanda Kelly Souza, que compõe o grupo de sete alunos que também auxiliam na coordenação da residência, explica que a abertura permite o acesso de criminosos à área interna da residência, onde vivem as estudantes.

“Na semana passada, um apartamento aqui foi roubado à noite.

O marginal entrou e levou dinheiro do estudante. Não temos certeza, mas esse ladrão pode ter entrado através desse buraco”, comenta.

Uma lista de reivindicações já foi entregue à Reitoria da UFPB, mas as solicitações ainda não foram atendidas. Entre os pedidos, está a ampliação dos vigilantes na residência. “Temos um segurança que fica aqui durante o dia todo. Mas essa quantidade é insuficiente para garantir a proteção dos alunos, porque o prédio é extenso. Já solicitamos que a Reitoria aumentasse a quantidade de seguranças, mas isso ainda não foi atendido”, lamentou Ivanildo.

Outra reivindicação é a instalação de uma guarita no portão que dá acesso à área externa do campus. O administrador explicou que, sem a guarita, o portão fica aberto durante as 24 horas, o que facilita o acesso de pessoas estranhas e até de criminosos aos apartamentos.