COTIDIANO
Ricardo questiona pesquisa Ibope no TRE; provas são mascaradas
Coordenação jurídica da campanha de Ricardo Coutinho (PSB) diz ter recebido dois relatórios produzidos pelo Ibope, mas não divulga quais seriam outros percentuais.
Publicado em 30/08/2010 às 12:01 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:35
Karoline Zilah
A coordenação jurídica da coligação Uma Nova Paraíba, encabeçada pelo candidato a governador Ricardo Coutinho (PSB), protocolou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) uma representação contra o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), questionando os resultados da pesquisa de projeção de votos para o Governo do Estado. Os números apontando vantagem do candidato à reeleição José Maranhão (PMDB) foram divulgados na última sexta-feira (27).
Segundo o advogado Fábio Andrade, a coligação denuncia uma suposta manipulação de dados. As provas seriam dois relatórios com resultados divergentes produzidos pelo Ibope com base na pesquisa feita nas ruas. O intrigante é que advogado não divulgou quais seriam os percentuais diferentes, justificou que os documentos seriam sigilosos, e por isso não poderiam ser apresentados à imprensa.
De acordo com o instituto, após o início do guia eleitoral, José Maranhão ampliou a vantagem sobre Ricardo Coutinho e alcançou 53% das intenções de votos dos entrevistados. Ainda segundo os dados do Ibope, o ex-prefeito de João Pessoa é hoje o candidato que tem o maior índice de rejeição: 28% dos entrevistados disseram que não votam de jeito nenhum no socialista.
Os números foram divulgados na íntegra pelo Paraíba1 neste domingo como forma de transparência com os leitores e telespectadores da Rede Paraíba de Comunicação. Confira.
Foram ouvidas 1.204 pessoas entre os dias 24 e 26 de agosto e a margem de erro para mais ou para menos é de 3%. A pesquisa tem índice de confiança de 95% e está registrada tanto no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (sob o número 26522/2010) como no Tribunal Superior Eleitoral (sob o número 25670/2010).
A coordenação jurídica da campanha de Ricardo Coutinho não precisou a origem dos documentos que supostamente confirmam uma fraude, preferindo não revelar se foi o próprio instituto que apresentou os dados ou se foi uma fonte extraoficial.
“Estamos cobrando do Tribunal Regional Eleitoral que o instituto preste explicações e seja penalizado pelos indícios de manipulação do resultado. Os documentos nos levam a crer que não foi um erro, mas sim uma fraude”, declarou Fábio Andrade.
Sobre os resultados das pesquisas anteriores que apontam desvantagem de Ricardo Coutinho na pretensão de votos dos paraibanos, o advogado comentou que não havia questionado os dados até o momento porque a coligação não tinha provas em mãos. Porém, ele declarou que a partir de agora os coordenadores vão 'fiscalizar' mais de perto as pesquisas.
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