COTIDIANO
Rio: Gerente do restaurante depõe hoje
Segundo a polícia, um vazamento de gás - que teria ocorrido durante toda a quarta-feira, feriado - foi a causa do acidente.
Publicado em 15/10/2011 às 6:30
A polícia espera para hoje os depoimentos de Jorge Amaral, gerente do restaurante Filé Carioca, e de seu irmão, Carlos Rogério Amaral, dono do estabelecimento. Segundo a polícia, um vazamento de gás - que teria ocorrido durante toda a quarta-feira, feriado - foi a causa do acidente.
O delegado Antônio Bonfim, responsável pelas investigações, quer ouvir Jorge Amaral para investigar a possibilidade de a explosão ter sido provocada por um cigarro aceso pelo chefe de cozinha do estabelecimento, Severino Antonio Tavares, um dos três mortos no acidente.
Segundo o depoimento do jornaleiro Jorge Luiz Rosa, outra pessoa pode ter acendido um cigarro. O jornaleiro informou à polícia que momentos antes da explosão um funcionário chamado Roberto comprou cigarro na sua banca. A polícia também quer saber quem foi o funcionário que abriu o restaurante.
O acidente aconteceu anteontem, por volta das 7h20, na praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro. Funcionários teriam sentido cheiro de gás, pela manhã, e ficaram do lado externo do restaurante.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, 4 das 17 pessoas atendidas permanecem internadas. Três dos feridos estão em estado grave. Além de Tavares, também morreu Josimar dos Santos Barros, que trabalhava como sushiman, e o funcionário do banco Bradesco Mateus Maia Macedo, 19, que passava pelo local na hora da explosão.
RELATOS
A atendente Michele Medeiros dos Santos, 29, disse que chegou a entrar no Filé Carioca minutos antes de o restaurante explodir. "Foi Deus mesmo que me salvou", disse. Segundo ela, o chefe de cozinha Antônio Severino Tavares, que morreu no acidente e estava no local desde as 6h, alertou sobre o risco de explosão por conta de um vazamento de gás e pediu que ela e os outros funcionários se afastassem dali.
EXPLOSÃO
O prédio onde funcionava o restaurante foi proibido em 2010 de ter gás canalizado ou engarrafado, por falta de condições de segurança. Mesmo assim, o local não passou por nenhuma fiscalização recente que permitisse constatar o uso irregular do combustível.
Laudo do Corpo de Bombeiros, feito a pedido do condomínio, diz: "A edificação não foi aprovada para utilização de gás combustível, seja sobre a forma de cilindro GLP ou canalizado, não sendo admitido e não sendo permitido o abastecimento de qualquer tipo de gás combustível sem prévia autorização".
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