COTIDIANO
Salomão faz própria defesa no TRE mas tem registro impugnado
Ex-prefeito de Sousa responde por várias acusações de improbidade administrativa no Tribunal de Contas do Estado e teve seu pedido impugnado por unanimidade no Pleno.
Publicado em 05/08/2010 às 18:13 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:35
Maurício Melo
Com Phelipe Caldas
O ex-prefeito de Sousa, Salomão Gadelha, teve seu registro de candidatura negado nesta quinta-feira (5) pelo Tribunal Regional Eleitoral na Paraíba (TRE-PB). Ele responde por diversas acusações de improbidade administrativa e teve seu pedido impugnado por unanimidade no Pleno.
Gadelha resolveu, ele mesmo, fazer sua defesa e procurou não falar de suas várias contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado nem das milionárias multas a que já foi condenado. Ele preferiu apontar a suposta inconstitucionalidade do uso da Lei da Ficha Limpa já para este pleito.
Segundo ele, a lei não poderia retroagir e atingir os administradores julgados antes da existência da lei. Além disso, Salomão disse ser maléfico taxar uma pessoa de ficha suja agora, antes que a constitucionalidade do assunto seja vista pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "A Justiça não pode agir a reboque da histeria popular", reclamou.
Já o relator do processo, o juiz Carlos Neves, rebateu dizendo que não há inconstitucionalidade na lei e entrou direto no mérito da impugnação. Ele lembrou que Salomão já foi condenado a pagar R$ 10 milhões por vários tipos de irregularidades, entre elas problemas em licitações, diárias não comprovadas e crédito sem autorização da Câmara Municipal.
Tendo em vista à "pluralidade dos atos dolosos", como chamou o juiz João Ricardo Coelho, o relator decidiu pela impugnação e foi seguido pelos demais membros da mesa no Pleno. Assim, com base nas decisões do Tribunal de Contas do Estado, Gadelha teve o registro negado.
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