COTIDIANO
Sarkozy poderá enfrentar Justiça francesa
Sarkozy pode ser convocado como testemunha e até como réu em casos relacionados a financiamentos ilícitos de campanha e corrupção.
Publicado em 11/05/2012 às 6:30
Ao deixar a Presidência da República da França, no dia 15 de junho, Nicolas Sarkozy poderá ter de enfrentar a Justiça do país, segundo analistas políticos. A imunidade dele como presidente acaba nessa data. A partir daí, Nicolas Sarkozy poderá ser convocado como testemunha e até como réu em casos relacionados a financiamentos ilícitos de campanha e corrupção.
Informações são da Agência Brasil.
Na França, os processos mais rumorosos envolvem o chamado caso Karachi – sobre a venda de armas para o Paquistão e atentados na cidade paquistanesa de Karachi – no qual Sarkozy é citado como testemunha.
O juiz responsável pelo caso, Renaud Van Ruymbeke, aguarda mais detalhes sobre um esquema de corrupção na venda de fragatas e submarinos franceses ao Paquistão nos anos 1990. À época, Sarkozy era ministro do Planejamento do governo de Edouard Balladur.
Há ainda o processo aberto sobre suspeitas de financiamento ilegal para a campanha presidencial de 2007.
Na ocasião, o tesoureiro da campanha, Eric Woerth, foi acusado de receber envelopes com doações não declaradas de Liliane Bettencourt, herdeira do grupo L’Oréal e uma das maiores fortunas da Europa.
Sarkozy é suspeito de usar Woerth e de receber pessoalmente as doações em espécie na casa de Bettencourt.
A Justiça da França investiga também as denúncias do site Mediapart, que publicou documento assinado pelo ex-chefe do serviço de informação exterior da Líbia Mussa Kussa.
O documento e do serviço de informação descreve um acordo para apoiar financeiramente a campanha eleitoral do então candidato Sarkozy.
Nas investigações preliminares, há indícios da proximidade entre o empresário líbio Ziad Takieddine e colaboradores de Sarkozy, como Claude Guéant (ministro do Interior), Jean-François Copé (secretário-geral do partido UMP) e Brice Hortefeux (ex-ministro da Imigração).
Em relação às acusações do site Mediapart, de jornalismo independente, Sarkozy abriu um processo por calúnia e difamação.
O presidente francês, NIcolas Sarkozy, nega ter recebido dinheiro líbio para a campanha e diz que as acusações são “grotescas”.
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