COTIDIANO
Sistema prisional sob investigação da Seap
Procedimentos administrativos para apuração de condutas de servidores. Serão 12 sindicâncias em cadeias e presídios do estado.
Publicado em 01/05/2012 às 6:30
A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) abriu procedimentos administrativos para apurar condutas irregulares de servidores em dez unidades prisionais da Paraíba.
Foram abertas 12 sindicâncias internas em cadeias e penitenciárias no Litoral, Agreste e Sertão do Estado.
As comissões de investigação devem apresentar pareceres em até 30 dias. Nove agentes e um diretor de presídio também estão sob investigação. Entre as ocorrências, há suspeitas de corrupção de diretores e agentes penitenciários e suposto envolvimento na facilitação à entrada de produtos ilícitos, além de procedimentos disciplinares sobre a conduta de servidores. A participação de funcionários do sistema na facilitação de fugas também está sendo apuradas.
Estão sendo investigadas duas ocorrências no presídio de Cajazeiras, duas no Presídio Padrão de Santa Rita, além de fatos na Penitenciária Sílvio Porto, de Segurança Média de Mangabeira e de Psiquiatria Forense, em João Pessoa; Penitenciária do Serrotão e Casa de Detenção do Monte Santo, em Campina Grande; e ainda as cadeias públicas de Catolé do Rocha, Pocinhos e Santana dos Garrotes.
As comissões de apuração das sindicâncias foram nomeadas no Diário Oficial do Estado (DOE) do último sábado. Na mesma publicação da Seap, foram notificados um diretor e nove agentes penitenciários para apresentar em até dez dias defesa sobre ocorrências administrativas que vêm sendo apuradas pela Seap.
Um dos investigados é o ex-diretor da penitenciária Desembargador Sílvio Porto, Josenildo Porto Vanderlei, atualmente dirigindo a penitenciária Flóscolo da Nóbrega, conhecida como presídio do Róger, ambas em João Pessoa. Ele não foi localizado para prestar esclarecimentos.
De acordo com a Gerência Executiva do Sistema Penitenciário (Gesipe), todas as medidas divulgadas são cautelares e visam ao aprofundamento das investigações. A Seap preferiu não dar mais detalhes sobre as sindicâncias.
“Nossas sindicâncias foram abertas para apurar todas as ocorrências internamente”, informou o coronel Arnaldo Sobrinho, gerente da Seap.
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