COTIDIANO
Taxista morre com tiro na nuca após sofrer assalto na Capital
Motoristas vivem em alerta por causa dos constantes assaltos que sofrem à noite em João Pessoa. Taxista foi alvo de assaltantes no bairro José Américo.
Publicado em 11/08/2010 às 7:56
Karoline Zilah
Os motoristas de táxi estão em alerta na Capital paraibana. Isto porque o saldo da violência na cidade não tem sido favorável a eles. Ultimamente, o medo é um sentimento predominante entre os taxistas, especialmente aqueles que trabalham à noite, em virtude de constantes assaltos. Na terça-feira (10), um motorista profissional foi assassinado, possivelmente vítima de um latrocínio.
Marcos dos Santos Silva Júnior, de 36 anos, foi assassinado com um tiro na nuca e outros nas costas dentro do veículo dele, um Corsa, no bairro José Américo. De acordo com a Polícia Civil, ele trabalhava em um ponto no Hotel Tambaú, na orla. Os suspeitos são um homem moreno e uma mulher que teriam pego uma corrida com o taxista em Mangabeira.
A denúncia foi feita por uma moradora do José Américo, que ligou para a polícia dizendo ter visto o casal fugindo do carro logo após o disparo de arma de fogo que atingiu o motorista. Ele ainda foi socorrido pelo Samu e levado para o Hospital de Emergência e Trauma, mas morreu quando recebia atendimento.
Como a porta do motorista estava aberta, a suspeita do delegado Marcos Vasconcelos é de que ele tenha sido atingido pelos tiros quando tentava fugir. A pessoa que atirou pelas costas estaria sentada no banco de trás do veículo.
A Delegacia de Homicídios, da Central de Polícia, ficará encarregada de investigar o caso. Uma primeira análise feita no carro revelou que os criminosos levaram o som automotor, a carteira com documentos e dinheiro.
Coincidência ou não, um casal também assaltou um taxista no bairro do Altiplano horas antes da morte de Marcos Júnior.
O sindicato dos taxistas não tem um número preciso de quantos associados foram vítimas de assalto, sequestro relâmpago ou outros tipos de violência em João Pessoa este ano. Quase 1,5 mil motoristas rodam na Capital. A maioria, quase 70%, trabalha à noite, o que facilita a ação de bandidos.
No dia 19 de julho, o taxista Aluísio Antônio de Sousa viveu momentos de apreensão ao ser abordado por um assaltante que fingiu ser passageiro. O homem pegou a corrida de madrugada na praça Cristo Rei, em Mangabeira, e pediu que o motorista seguisse até o Geisel, onde mais um homem subiu à bordo. Juntos, eles roubaram um relógio e dinheiro do taxista, depois fugiram. Os assaltantes não foram localizados.
Outro assassinato
O ajudante de pedreiro e ex-presidiário Antônio dos Santos Júnior, de 29 anos, foi morto a tiros (foto ao lado) no mercado público de Jaguaribe, também em João Pessoa.
O proprietário da barraca onde ele morreu informou à Polícia Militar que Antônio estava bebendo quando dois homens chegaram em uma moto e dispararam os tiros.
Atualizada às 14h
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