COTIDIANO
Televisão acima de todas?
Eleição é ótima chance para se exercer a integração das mídias.
Publicado em 21/09/2020 às 15:43
As eleições 2020 estão logo ali. Até 29 de novembro, já teremos escolhido prefeitos e vereadores de 5.570 municípios país afora. Atropelado pela pandemia, o processo eletivo será terreno propício para as campanhas usarem a criatividade para contornar as várias limitações impostas pelo distanciamento social. As redes sociais, aclamadas como as estrelas da eleição presidencial, vão dividir as atenções com a retomada da valorização dos horários gratuitos na TV. Na verdade, o tempo de exposição na telinha nunca perdeu sua importância estratégica. Os poucos minutos do PSL no guia eleitoral foram desprezados na contabilidade midiática da vitória, mas se considerarmos a cobertura jornalística televisiva que se seguiu ao atentado contra o candidato Jair Bolsonaro e ao seu calvário hospitalar, o efeito massivo dessa publicização teve peso decisivo, sim senhor.
Há pouco, já na reta final das convenções partidárias, os partidos norteavam as conveniências de suas coligações para a disputa majoritária com olhar graúdo sobre o que seria agregado aos seus respectivos tempos na TV. De fato, cada segundo conta, ainda mais para quem souber narrar histórias e emocionar o público dispondo de tempo exíguo. Será pedagógico para o mercado publicitário em geral - principalmente aos que ainda não acreditam no enorme potencial de integração da TV com o digital - ver como os pequenos e grandes partidos se viram nos 30 (segundos...literalmente). Com as restrições do velho e eficaz corpo-a-corpo, a velha e eficaz TV parece não ter ainda uma substituta à altura.
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