COTIDIANO
Traficante do RJ é suspeito de lavar R$ 2 mi em empresas da PB
Um dos principais traficantes do Rio de Janeiro 'investia' na PB e foi preso em Santa Catarina.
Publicado em 19/11/2011 às 8:00
Uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco) dos Ministérios Público da Paraíba, Santa Catarina e Rio de Janeiro realizou ontem a operação ‘Conexão Rio’, culminando na prisão de Aílton Pedro da Silva, 41 anos, vulgo ‘IT’ ou ‘Carioca’, um dos principais traficantes cariocas. Segundo o MP, o acusado teria ‘lavado’ na Paraíba até R$ 2 milhões em dinheiro oriundo do tráfico de entorpecentes no Rio, utilizando empresas em nome de terceiros no Estado.
O traficante estava foragido e foi preso no município de Biguaçu-SC, por volta das 13h de ontem. Segundo o Gaeco, apenas em Santa Catarina, cerca de R$ 800 mil em imóveis e carros de luxo foram investidos pelo acusado, após lavar dinheiro utilizando empresas paraibanas, a maior parte em João Pessoa. As empresas, geralmente franqueadas e na área de alimentos, utilizavam nomes de terceiros e enviavam remessas de dinheiro para os investimentos ilícitos.
A investigação durou cerca de 10 meses e foram ainda cumpridos três mandados de busca e apreensão e sequestrados os bens de Aílton Pedro da Silva. De acordo com o Gaeco, serão também sequestrados os bens móveis pertencentes na Paraíba.
A operação que teve apoio das polícias Militar e Civil de Santa Catarina, cumpriu ainda mandados de prisão preventiva expedidos por Santa Catarina e pelo Rio de Janeiro, todos por associação ao tráfico, roubo e lavagem de dinheiro.
Em outubro de 2008, o acusado já havia sido preso em João Pessoa, após uma abordagem da Polícia Rodoviária Policial (PRF). Ele trafegava em uma caminhonete de luxo na cidade, quando os policiais pediram documentação e constataram que Aílton era foragido de presídio em Chapecó-SC, desde dezembro de 2006. Segundo a polícia, ele teria montado um restaurante e residia na cidade desde então.
De acordo com o MP, ele tinha residência desde 2010 em Santa Catarina, de onde continuava a comandar suas operações na Paraíba e no Rio de Janeiro.
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