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COTIDIANO

Traficantes da PB usam bocas de fumo para lavagem de dinheiro

Mais do que comercializar entorpecentes, locais têm servido de válvula de escape para os bandidos lavarem dinheiro do tráfico. Polícia não tem como estimar montante movimentado.

Publicado em 24/07/2011 às 12:44

João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba

O tráfico de drogas tem se alastrado por todas as regiões do Estado e se pulverizado em comunidades pobres e nas periferias da cidades. No entanto, mais do que comercializar os entorpecentes traficantes passam cada vez mais a ‘ditar as regras’ em ‘bocas de fumo’ e utilizar os locais como válvula de escape para lavar dinheiro oriundo do tráfico.

Para a polícia, não há como estimar o montante movimentado pela atividade no Estado, mas a compra de imóveis, carros de luxo e até a abertura de empresas em nomes de laranjas evidenciam o poder de fogo dos traficantes. As polícias e o Ministério Público (MP) estudam formas de barrar a lavagem de dinheiro, identificar ‘laranjas’ e poder evitar a capitalização dos criminosos.

Para se ter uma ideia as investigações realizadas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) de João Pessoa revelam que, em média, cada ‘boca de fumo’ em funcionamento movimenta por mês aproximadamente R$ 50 mil. O dinheiro serviria para o pagamento de advogados, pagamento de propinas e até mesmo para manter o controle sobre as comunidades onde estão situadas.

No fim do mês passado, os policiais conseguiram apreender depois de meses de investigações no bairro Tibiri II, em Santa Rita, em um veículo com placas de Santa Rita, cerca de 21 quilos de crack, prontos para serem distribuídos em mais de 100 mil pedras e comercializado em toda a capital. Na ocasião foram presos Joseílton Pereira, de 34 anos, e Tissiane Heloísa Martins, de 23 anos, mas a polícia ainda investiga para identificar os fornecedores do entorpecente.

“Hoje nós temos modificado nossa forma de trabalhar e atuado em várias frentes, não só perseguindo os fornecedores; mas também combatendo o tráfico pulverizado. O fato é que existem hoje duas situações bem claras: o tráfico ligado à violência, que causa muitas mortes e uma série de crimes; e o tráfico que possui um viés econômico, mais difícil de ser destruído e feito por pessoas das mais diversas classes e níveis de instrução”, explicou o delegado titular da DRE, Allan Murilo Terruel.

Ao final das investigações que culminaram na ‘Operação Quark’ e denunciou 62 pessoas por envolvimento em uma rede de tráfico internacional sediada na Paraíba, por exemplo, o Ministério Público solicitou da Justiça além da condenação dos acusados pelo crime de tráfico e associação, o sequestro dos bens e a abertura de processos por lavagem de dinheiro contra os acusados de chefiar o grupo. Segundo a denúncia oferecida pelo MP, traficantes paraibanos estariam construindo patrimônios milionários com a compra de casas, apartamentos e até jetsky com o dinheiro proveniente desse tipo de crime.

Somente nos últimos três anos, foram mais de 470 quilos de crack e cocaína e mais de uma tonelada de maconha apreendidos pela Polícia Federal na Paraíba. Já a Polícia Civil acredita que tenha conseguido quase triplicar o quantitativo de entorpecentes apreendidos. Nos primeiros quatro meses de 2011 os policiais realizaram 623 apreensões contra 381 no mesmo período do ano anterior. A quantidade apreendida de crack, uma das drogas mais consumidas no país, foi três vezes maior que em 2010. Ao todo, este ano já foram apreendidos até agora mais de 50 quilos de crack.

De janeiro a julho do ano passado tinham sido apreendidos apenas pouco mais de 15 quilos. As apreensões de maconha também chamam a atenção. Foram 106 quilos este ano e pouco mais de 58 quilos no ano passado.

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Jornal da Paraíba

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