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VIDA URBANA

Estátuas são alvo de vândalos

Moradores e turistas que visitam João Pessoa reclamam do abandono e falta de manutenção de monumentos.

Publicado em 15/01/2015 às 6:00 | Atualizado em 29/02/2024 às 10:30

“Percebo uma falta de educação da população, que depreda esses monumentos, mas o mais agravante é o desleixo do poder público que não faz um acompanhamento de manutenção”, opinou a paulista Amanda Viana, 16 anos, que está de férias em João Pessoa. A declaração da estudante faz referência ao abandono, falta de manutenção e descaso com os monumentos históricos e de visitação turística da capital.

Nesse período de alta temporada, João Pessoa recebe turistas de outras cidades do Estado, e regiões do país, bem como de origem internacional, que lamentam ver paisagens, estátuas, esculturas e artes tão bonitas e importantes para a história local sendo deterioradas pela ação do tempo e vandalismo. Quem é pessoense, também cobra ações mais efetivas dos órgãos públicos que visam a garantir a permanência dessas estruturas em perfeito estado.

A professora Lucineide Cavalcante, 38 anos, mora na capital e na manhã de ontem levou a sobrinha paulista Amanda Viana para conhecer os pontos turísticos da cidade. Mas ainda no início do roteiro, elas pararam fazer fotos na estátua do senador Álvaro Lopes Machado, na praça Dom Adauto, também conhecida como praça do Bispo, no Centro, onde perceberam o descaso com o patrimônio.

“Primeiro é preciso que a população entenda o valor desses monumentos e o valor histórico para poderem aprender a preservá-los. No entanto, os órgãos públicos devem atuar em parceria com a população, fazendo ações de manutenção, mas também atividades educativas”, afirmou. A estátua na praça do Bispo é datada de 30 de julho de 1892 e apresenta pichações, restos de cola de adesivos, cartazes, além de lixo, como caixas de fósforo e vassoura.

Muitos desses monumentos espalhados pela cidade possuem grande valor histórico e cultural, a exemplo da estátua do paraibano Augusto dos Anjos, conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, cuja obra é admirada, até a atualidade, por leigos e críticos literários. O monumento, que de tanto ficar exposto ao sol e chuva, sem manutenção, está sendo consumido pela ferrugem.

A estátua de Augusto está situada na praça Pedro Américo, Centro, próximo ao 1º Batalhão de Polícia Militar, mas o centenário de morte do poeta, lembrado em novembro do ano passado, sequer foi motivo para uma atenção especial, pois nenhuma ação de revitalização foi realizada como símbolo e em homenagem aos 100 anos sem Augusto. O busto do pintor que dá nome à praça, conhecido por pintar o quadro 'O Grito do Ipiranga', que representa o marco da Independência do Brasil, também não escapou do descaso e está marcado com pichações, rachaduras e papel.

Na praça ao lado, a Aristides Lobo, a estátua de bronze do poeta popular Manoel José de Lima, conhecido como Caixa D'Água, está danificada há cerca de 2 anos, e a mala que integrava a estrutura foi arrancada. Também falta uma pedra de mármore na base que sustenta a estátua.

Já o imenso cruzeiro, feito de pedra calcária, localizado no pátio externo do conjunto arquitetônico da Igreja São Francisco e do Convento de Santo Antônio, no Centro Histórico da capital, é considerado o maior monumento em estilo barroco da América Latina, mas vegetação, pichações e até partes da calcária quebrada mostram que o monumento não está sendo cuidado.

Imagem

Jornal da Paraíba

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