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VIDA URBANA

MP aguarda acionamento da polícia para falar sobre concursos fraudados

Promotor da Curadoria do Patrimônio Público afirmou que aguarda conclusão do inquérito.

Publicado em 09/05/2017 às 17:40

O Ministério Público Estadual informou que vai aguardar ser acionado oficialmente pela Polícia Civil para se pronunciar e tomar providências sobre os concursos fraudados por uma organização criminosa com base na Paraíba. O grupo foi desmantelado neste fim de semana durante a Operação Gabarito.

Segundo o promotor da Curadoria do Patrimônio Público do Ministério Público do Estado, Carlos Romero Neto, o Ministério ainda não foi formalmente acionado sobre o caso. "Tudo que acompanhamos até o momento foi através da divulgação da imprensa, e só podemos começar a trabalhar e tomar uma posição quando formos chamados", afirmou.

>>> Concursos foram preenchidos inteiramente de forma fraudulenta

A Operação Gabarito prendeu dezenove pessoas em João Pessoa e Natal envolvidas no esquema que fraudou concursos da Polícia Rodoviária Federal, do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, o Exame Nacional do Ensino Médio, dentre outros.

De acordo com a Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa, 40 concursos foram fraudados num período de 12 anos, resultando em R$ 18 milhões em lucros para o grupo. A participação dos suspeitos está sendo investigada em outras 20 seleções. Dezenove pessoas foram presas em João Pessoa e Natal.

Mais de 500 pessoas foram aprovadas usando o esquema

A quadrilha exigia que pelo menos dez pessoas comprassem a aprovação em um mesmo concurso para que ele pudesse ser fraudado. Segundo o delegado Lucas Sá, mais de 500 pessoas foram beneficiadas com o esquema fraudulento.

Os próprios integrantes do esquema foram aprovados em concursos como da Guarda Municipal de João Pessoa, do CFO de Bombeiros da Paraíba e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Flávio Luciano Nascimento Borges, um dos líderes do grupo, foi aprovado em catorze concursos públicos.

As investigações revelaram que o grupo cobrava o valor correspondente a 10 vezes o salário inicial do cargo pretendido pelo candidato. Assim, os interessados "compravam" a aprovação por valores que iam de R$ 30 mil a R$ 150 mil. No dia da aplicação das provas, os candidatos que compraram a aprovação repassavam as questões à quadrilha por meio de ponto eletrônico. Os membros do grupo criminoso - chamados de "professores" - transmitiam a resolução das questões aos candidatos.

A DDF informou ainda que o grupo oferecia serviços antes mesmo das inscrições nos concursos, fraudando os documentos exigidos para o ingresso nos cargos pleiteados pelos contratantes - como diplomas e títulos.

Quadrilha utilizava casa em João Pessoa como centro de operações

A maior parte dos presos foi encontrado pela polícia em uma casa no bairro do Altiplano, em João Pessoa, neste fim de semana. No local, foram encontrados equipamentos eletrônicos, prova, armas e munição.

Segundo a polícia, o grupo utilizava a casa como base para resolução das provas e envio das informações para os candidatos. A quadrilha, entretanto, tinha três núcleos principais na Paraíba e no Rio Grande do Norte; em Alagoas e Pernambuco; e no Piauí e Maranhão. Todo o dinheiro arrecadado com as fraudes era lavado através de uma empresa de construção fantasma localizada em Santa Rita.

Os presos foram apresentados na manhã da segunda-feira (8) na Central de Polícia, no bairro do Geisel, em João Pessoa.

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Jornal da Paraíba

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