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VIDA URBANA

Sono fragmentado pode fazer mal ao organismo

Dormir poucas horas ao longo do dia não faz o corpo repor a energia que precisa.

Publicado em 08/09/2013 às 12:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:23

Estudos, trabalho ou festas. Muitos são os motivos que podem levar alguém a abdicar do sono. Para driblar os efeitos de uma rotina atribulada, além da ingestão de cafeína e energéticos, algumas pessoas consideram o ato de fragmentar o sono como uma alternativa válida para substituir o total de horas perdidas durante a noite.

Segundo o neurologista Josenilton Henriques, apesar de parecer inofensivo, este padrão de sono alternativo conhecido como sono polifásico pode desencadear sérios problemas para o organismo. “O sono é um período que o corpo utiliza para sintetizar substâncias necessárias ao seu bom funcionamento. Quando ele é fragmentado ou mesmo subtraído em longo prazo, o organismo se ressente da falta ou da carência de algumas dessas substâncias vitais e isso se estereotipa em forma de doenças físicas ou até mesmo mentais”, alerta.

Conforme ele, para que o corpo esteja revigorado por completo é necessário que as horas de sono sejam cumpridas de forma plena. “O sono é composto de duas fases: a primeira é a NREM (sigla em inglês para Movimento Não Rápido dos Olhos) e a segunda é a REM (sigla em inglês para Movimento Rápido dos Olhos). Para que o organismo se aproveite dos benefícios oriundos do sono, é necessário que estas fases sejam obedecidas na integralidade. Assim sendo, o indivíduo que dorme e acorda várias vezes durante o sono, seja ele noturno ou diurno, está tendo prejuízo de saúde, pois seu organismo não está conseguindo manter o equilíbrio biomolecular necessário”, salienta.

Ainda de acordo com o médico, dormir à noite também é decisivo para a produção de algumas substâncias importantes para o corpo. “O sono diurno não tem o mesmo efeito reparador que o noturno, a não ser que o indivíduo esteja em condições que simulem a noite. Isso se dá através de um ambiente com pouca iluminação, temperatura menor e ausência de barulho, pois estas são condições necessárias para a fabricação de algumas substâncias, a exemplo da melatonina - também chamada de hormônio do sono”, explica.

Para Josenilton, dormir de forma reduzida não causa danos ao organismo se ocorrer esporadicamente e se forem respeitados alguns limites. “Quando a subtração ocorre por pouco tempo – um plantão que o indivíduo faz por conta da doença de algum membro da família ou por conta de viagem com fuso horário diferente –, se essa necessidade for suprida no dia seguinte, com certeza não resultará em maiores prejuízos”, garante.

CANSAÇO DIURNO PODE SER INDÍCIO DE PROBLEMA

Quem se sente cansado mesmo após dormir uma noite inteira, precisa ficar atento. Segundo Walter Moraes, este pode ser um sintoma de algum problema relacionado ao sono. “Pode ser que essa pessoa necessite de mais sono que as outras por causas genéticas ou pode ser que o seu sono não seja reparador devido a algum distúrbio”, explica.

De acordo com Josenilton Henriques, as opções são variadas para quem necessita de tratamento na área. “Se alguém chegar a apresentar algum distúrbio do sono, deve procurar o médico. Atualmente, dispomos de exames especializados como a Tomografia Computadorizada, a Ressonância Magnética, o Eletroencefalograma, a Polissonografia, entre outros para chegar ao diagnóstico correto e iniciar o tratamento”, cita.

“Esse tratamento vai desde a mudança de hábitos - usar a cama como escritório, fazer exercícios violentos à noite, abusar de bebidas alcoólicas e cafeinadas, etc. – até dieta, remodelação física e emprego de medicamentos. Entre estas substâncias podem ser usados antidepressivos, ansiolíticos, neurolépticos e hipnóticos, claro, sob orientação e supervisão médica para evitar complicações futuras, como a dependência ou o efeito rebote”, finaliza.

HORAS DE SONO IDEAL VARIAM ENTRE PESSOAS

A quantidade de horas de sono necessárias para o bom funcionamento do corpo varia de pessoa para pessoa, mas o normal é que isso seja determinado pela idade, é o que garante o neurologista Josenilton Henriques. “Uma criança em idade escolar normalmente necessita de 10 a 12 horas diárias de sono, um adolescente diminui para 8 a 10 horas, enquanto um adulto precisa de 5 a 8 horas”, enumera.

Como consequência disso, a tendência é que ao envelhecermos sintamos menos vontade de dormir ou tenhamos sono em horários diferentes, como explica o neurologista Walter Moraes, pesquisador do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Com o passar da idade, todos os ciclos circadianos – de temperatura, de hormônio – tendem a sofrer um achatamento e o mesmo acontece com o ciclo vigília-sono. Isso significa que nos idosos as características da vigília e do sono ficam menos diferenciadas. Por um lado, eles sentem mais sono no período diurno e por outro, menos no período noturno”, exemplifica.

Josenilton Henriques completa: “isto é facilmente compreensível, visto que o organismo da criança é um organismo que está em constituição, em crescimento e necessita obviamente de maior número de reações bioquímicas e moleculares, e consequentemente, mais horas de sono. Enquanto o do idoso já alcançou esse limite, está em equilíbrio e, dependendo da faixa etária, em decadência”. (Especial de JP)

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Jornal da Paraíba

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