VIDA URBANA
400 mil alunos da rede estadual ficam sem aulas por dois dias
Cerca de 21 mil professores e pro tempores resolveram fazer paralisação por dois dias para cobrar do governo o pagamento do novo piso salarial de R$ 950.
Publicado em 16/09/2009 às 8:55
André Gomes
Do Jornal da Paraíba
Os 400 mil estudantes da rede estadual ficarão sem aula, nestas quarta (16) e quinta-feira (17), por conta da paralisação dos 21 mil professores e pro tempores que cobram do governo o pagamento do novo piso salarial para o magistério no valor de R$ 950,00 e reivindicam a abertura de diálogo com o governador José Maranhão. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Paraíba, Antônio Arruda, a categoria precisa cobrar do governador a pauta de reivindicação entregue após sua posse, em fevereiro deste ano.
Conforme Arruda, entre as reivindicações estão a equiparação salarial entre ativos e aposentados, a criação de um Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) para os funcionários em educação, o cumprimento do plano do magistério principalmente no pagamento das progressões horizontais, eleições diretas para diretores em todas as escolas da rede pública estadual e melhores condições de trabalho como determina a resolução estadual de educação.
Hoje, os funcionários estaduais de educação e professores vão se reunir, às 15h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, para discutir a criação do PCCR da categoria. “Vamos cobrar isso do governo porque esses trabalhadores são discriminados sem um Plano de Cargos. Temos que profissionalizar o setor e para isso apenas com um PCCR”, afirmou o presidente do sindicato, Antônio Arruda, revelando que um professor paraibano recebe hoje em torno de R$ 800,00 quando o correto seria receber até R$ 1.132,00.
Já na quinta-feira, os professores se reúnem às 7h também na sede do sindicato para um café da manhã. Em seguida, a categoria segue em passeata pelas ruas do centro de João Pessoa em direção ao Palácio da Redenção, onde tentarão uma audiência com o governador José Maranhão. “Ficaremos em frente à sede do Governo do Estado cobrando um diálogo com o governador que ainda não nos recebeu depois que assumiu. Estamos com dificuldade de sermos recebidos”, revelou.
Conforme a secretária executiva de Educação, Emília Augusta Freire, não existe nenhuma dificuldade da secretaria em receber o sindicato para dialogar sobre a pauta de reivindicação da categoria. Quanto ao diálogo com o governador José Maranhão, a secretária Emília Freire disse que o secretário Sales Gaudêncio está tentando agendar um encontro. “Temos que ter paciência, pois a agenda do governador é muito cheia. Posso afirmar que não existe nenhuma barreira para que isso aconteça”, frisou.
Quanto às reivindicações feitas pelos professores, a secretária-executiva revelou que o processo das progressões funcionais estão acontecendo e que as eleições para diretores das escolas são cumpridas normalmente como determina a lei estadual. “Não sei como está o processo da equiparação salarial entre ativos e aposentados, mas acredito que não tem diferença, mas estamos abertos para dialogar sobre todas reivindicações”, disse.
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