VIDA URBANA
60% dos paraibanos pretende comprar presentes de Natal; vestuário é item mais escolhido
Valor médio da expectativa das compras está um pouco maior do que em 2016.
Publicado em 01/11/2017 às 10:19
Uma pesquisa mostra que mais de 60% dos paraibanos pretendem manter a tradição de presentear alguém neste Natal. A pesquisa da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado da Paraíba (Fecomércio), divulgada na terça-feira (31), aponta que os itens de vestuários lideram a intenção de compras.
O Fecomércio confirma que o Natal é a melhor data em termos de volume de vendas. E na Pesquisa de Intenção de Compras para as Festas Natalinas do Instituto Fecomércio, os homens (67,65%) pretendem comprar mais que as mulheres (56,40%). Considerando a faixa de renda, quem tem renda maior está mais otimista: 88,24% dos que recebem entre sete e dez salários mínimos e 81,25% dos que recebem mais de dez salários.
Entre os presentes que os consumidores pretendem comprar, por mais um ano peças de vestuário lideram a intenção de compras, com 66,56% da preferência. A lista segue com calçados (19,87%), brinquedos (15,56%), perfumes (11,26%) e eletrodomésticos/eletroeletrônicos (10,26%). Neste último item, os destaques foram: smartphones/celulares (34,38%) e máquina de lavar roupas (12,50%). Neste quesito, o entrevistado poderia citar mais de um tipo de presente, o que torna o somatório das respostas superior a cem por cento.
A pesquisa ainda procurou saber o que os entrevistados gostariam de receber como presente de Natal. Os artigos de vestuário também foram os mais citados (27,46%), mas logo em seguida aparecem os eletrodomésticos/ eletroeletrônicos (17,83%), com destaque para smartphones/ celulares (44,83%) e televisor (22,99%). Computador/ notebook, geladeira e vídeo game aparecem com 6,90%, cada.
Neste Natal, a maior parte dos entrevistados (40,07%) pretende presentear os filhos, em seguida vêm os cônjuges ou namorados (38,08%), as mães (37,75%), os pais (21,85%) e 21,19% farão compras pessoais. Na análise por gênero, as mulheres desejam presentear mais as mães (46,81%) e os filhos (40,43%), enquanto os homens pretendem presentear as namoradas/cônjuges (45,34%).
Expectativa de gasto
A estimativa do gasto médio com presentes para este ano deve ficar em torno de R$ 284,30, resultado pouco superior ao citado no ano passado (R$ 283,83). A maior parte dos consumidores (33,44%) pretende comprar neste Natal presentes com valores entre R$ 101,00 e R$ 250,00. Em seguida, estão os presentes de até R$ 100,00, citados por 18,87% dos entrevistados. E os que pretendem gastar acima de R$ 800,00 aparecem com 2,32% dos respondentes. Uma parcela de 7,62% não estimaram os gastos por não terem decidido quais produtos pretendem adquirir.
Para as compras, a metade dos consumidores pretende comprar à vista (50,67%) e, entre estes, a maior parte (85,62%) vai utilizar o dinheiro em espécie, porém, esta opção está diretamente relacionada aos descontos oferecidos pelos lojistas. Já entre os que optaram pelas compras a prazo (48,34%), a maioria vai utilizar o cartão de crédito (97,26%).
Mais uma vez, os shoppings centers serão os locais preferidos para a escolha dos presentes, com 55,96% das intenções de compra. As lojas do Centro da cidade serão escolhidas por 42,72% dos entrevistados e as compras realizadas pela internet foram citadas por 9,60% dos consumidores. Em alguns casos, os consumidores informaram mais de uma resposta, por este motivo, a soma dos resultados ultrapassa os 100%.
Compras e 13º
Vale ressaltar, ainda, que 83,78% dos entrevistados realizarão as compras no mês de dezembro. Entre esses, um percentual de 36,09% pretende adquirir os produtos na semana do Natal e o motivo desta espera é a esperança que os empresários aumentem as ofertas e eles possam comprar os presentes com preços mais acessíveis.
Um grupo de 15,89% de entrevistados informou que suas compras aconteceriam ainda neste mês de novembro, indicando que as lojas estão vazias, o que facilita a escolha dos produtos. E um percentual de 0,33% de respondentes vão aguardar as liquidações que normalmente acontecem em janeiro para realizarem as compras.
A pesquisa também oferece uma informação importante sobre o destino que os consumidores pretendem dar ao décimo terceiro salário neste ano. A maioria das respostas (36,59%) foi direcionada para o pagamento de dívidas e, em seguida, vêm gastos com compras (35,19%). Com relação à faixa de renda, a maior parte dos consumidores (44,10%) que recebem até dois salários mínimos pretendem usar o 13º para pagar dívidas.
O estudo ainda investigou o hábito de consumo atual dos entrevistados no momento de realizarem uma compra. A maior parte dos respondentes (75,61%) afirmou que antes de efetivar uma compra estão pesquisando mais os preços dos produtos. Em seguida, aparecem os entrevistados que passaram a comprar menos (41,39%). Como os consumidores podiam informar mais de uma resposta, o somatório ultrapassa os 100%.
Perfil do consumidor
Dos 488 consumidores entrevistados, 51,23% são do sexo feminino. Em relação ao estado civil, os casados ou em união estável aparecem com o maior número de entrevistados (47,34%), seguidos pelos os solteiros (45,29%), os divorciados (5,94%) e viúvos (1,43%). Respondentes com idade entre 21 e 26 anos correspondem à faixa etária mais expressiva, com um percentual de 22,75%, seguidos pela faixa acima dos 51 anos (16,19%).
Em relação à renda, o maior número de entrevistados (32,38%) possuía rendimento entre R$ 938,00 e R$ 1.874,00, seguidos pelos respondentes cujo rendimento se situa entre R$ 1.875,00 e R$ 3.748,00, representando 21,72%. Já os respondentes que recebem salário entre R$ 6.560,00 e R$ 9.370,00 e os que ganham acima de R$ 9.370,00 constitui-se no menor número de entrevistados, com taxas de 3,48% e 3,28%, respectivamente. É importante citar um percentual de 11,68% de respondentes que afirmaram não possuir renda (pessoas que não têm ocupação remunerada ou estão fora do mercado de trabalho, desempregados, dependentes financeiros do cônjuge ou são estudantes).
Com relação à escolaridade dos consumidores, a maior parte (37,70%) possui o ensino médio completo, seguidos pelos respondentes que concluíram o nível superior (28,07%). Entrevistados com nível superior incompleto aparecem em seguida, com um percentual de 19,47%. Quanto à ocupação dos respondentes, a maior parte (36,07%) eram funcionários de empresas privada, em seguida aparecem os autônomos/ profissionais liberais, com um percentual de 18,65% do total de entrevistados. Os funcionários públicos representaram 13,93% do universo entrevistado e, logo depois, aparecem os estudantes (9,22%) e os aposentados e pensionistas (7,79%). É importante destacar que 7,99% afirmaram estar desempregados.
A sondagem também procurou conhecer alguns fatores que poderiam influenciar no planejamento da realização ou não das compras no período natalino. O entrevistado avaliou sua situação financeira comparando este Natal com o do ano passado. A maior parte dos respondentes (43,65%) afirmou que sua situação financeira foi semelhante à do ano anterior, em seguida aparecem os que afirmaram estar com situação financeira pior (33,81%), destes, 21,21% estão desempregados. Apesar desse resultado, a pesquisa mostrou que houve uma redução de 3,22 p.p. entre os que afirmaram estar em situação financeira pior este ano. Em sentido oposto, 22,34% do total de entrevistados se consideraram com situação financeira melhor, resultado 0,79 p.p. superior ao registrado em 2016.
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