VIDA URBANA
80 mil raios caem na Paraíba
Áreas livres, campos e praias devem ser evitados em momentos de chuvas fortes e trovoadas.
Publicado em 25/01/2012 às 6:30
As fortes chuvas registradas nos últimos dias na Paraíba têm aumentado a preocupação das autoridades e da população com o risco de acidentes provocados por raios. A cada ano, uma média de 80 mil descargas atmosféricas ocorrem no Estado, inclusive causando mortes, segundo levantamento realizado pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O número, conforme explica a assessoria de imprensa do Inpe, pode ser ainda maior, já que a nova rede Brasil DAT de detecção não foi completamente instalada. Até o final do ano serão expandidos 75 sensores que permitirão a elaboração de relatórios precisos de locais e quantidades de raios em todo o país.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Rufino, mesmo no verão é comum ocorrer tempestades e com elas virem as noites de trovoadas, seguidas de raios. “O grande problema que enfrentamos é a falta de comunicação com os demais órgãos e a população que não liga para relatar as ocorrências. Sem saber onde aconteceu fica difícil planejar ações preventivas e educativas”, afirmou.
A meteorologista da Agência Estadual de Gestão das Águas (Aesa), Marle Bandeira, explicou que quando há tempestade, principalmente nos moldes das que vem sendo registradas nos últimos dias em João Pessoa e Campina Grande, é comum aumentar o risco também das descargas elétricas. “Só não podemos prever quando e onde elas irão ocorrer", disse
Para 2012, a expectativa do Inpe não são nada positivas. Dois possíveis cenários foram traçados pelos técnicos, com base na evolução do fenômeno La Niña, que afeta o aquecimento das águas do oceano Pacífico e, neste caso, influenciaria no aumento de raios nestas regiões. Diante desse efeito natural, ou a média deve aumentar ou no máximo ser mantida.
DICAS
Segundo o coronel Rufino, “em dias de fortes chuvas, especialmente quando tiver início as trovoadas, é bom evitar campos de futebol, grandes áreas livres, praias”, explicou.
Outras ações também contribuem para se evitar a possibilidade de ser atingido por um raio, como desligar aparelhos elétricos, se proteger em marquises, caso esteja na rua, ou dentro de casa, fechando portas e janelas. “Evite ficar embaixo de árvores em áreas descampadas e dentro ou fora do mar, já que os sais minerais constantes na areia também atraem os raios, nem fique dentro do carro porque o metal é forte condutor da descarga”, orienta o coronel Rufino.
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