A cada dia, dois morrem com problema cardíaco

Em média, duas pessoas morreram, por dia, na Paraíba após serem vítimas de insuficiência cardíaca. Foram 680 óbitos registrados entre janeiro e novembro de 2013, pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) da Secretaria de Estado da Saúde (SES). O total superou os 670 casos contabilizados no mesmo período de 2012.

Em 2013, as cidades que registraram a maior quantidade de ocorrências foram Campina Grande (176) , João Pessoa (128), Patos (61), Guarabira (38), Itabaiana (20), Cuité (15), Sousa (12), Pombal (11), Cajazeiras (11), Santa Rita (10), Esperança (9), Picuí (7) e Bayeux (6)

Os números mostram que as principais vítimas são pessoas com mais de 50 anos. Das 680 mortes ocorridas, 646 eram de pessoas que já tinham passado desta faixa etária. Para o cardiologista e diretor de Qualidade Assistencial da Sociedade Paraibana de Cardiologia, José Livaldo de Carvalho, os números são motivo de preocupação.

Ele explica que a insuficiência cardíaca é uma síndrome que impede o coração de bombear o sangue de forma satisfatória para todas as partes do corpo. Com isso, a pessoa fica sem receber oxigênio e nutrientes em quantidade suficiente em todas as áreas do corpo. Se não houver tratamento, a síndrome se agrava e mata o paciente.

“Para prevenir, tem que saber o que causou a insuficiência cardíaca. Ela tem várias causas. As mais comuns são decorrentes do infarto, da hipertensão e da doença de Chagas”, diz o especialista.

Segundo o médico, o infarto causa insuficiência cardíaca quando o paciente é atendido muito tempo após o ataque. Já a hipertensão compromete o coração porque deteriora o músculo cardíaco. “Com a pressão alta, o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue. Com o tempo, essa força faz o músculo cardíaco se dilatar, crescer acima do normal. Outro causador da insuficiência cardíaca é o uso abusivo de álcool e de drogas quimioterápicas, que também interferem no músculo cardíaco”, afirma.