VIDA URBANA
"A todo instante eu pensava que ele ia morrer”
Com 21 semanas de gestação, Edigleuza começou a perder líquido e correu para o hospital. A recomendação foi de internação imediata.
Publicado em 25/11/2015 às 11:05
“O coração fica destruído ao ver seu filho na UTI, cheio de aparelhos. A todo instante eu pensava que ele ia morrer”, desabafa Edigleuza Gomes, 29 anos. O segundo filho da jovem nasceu prematuro, com 28 semanas, mas a preocupação começou bem antes. Com 21 semanas de gestação, Edigleuza começou a perder líquido e correu para o hospital. A recomendação foi de internação imediata. A jovem nem teve tempo de voltar em casa e pegar algumas roupas.
Por sete semanas ficou em repouso absoluto, sob supervisão dos médicos e enfermeiros. “Chegou uma hora que o médico disse que não adiaria mais o parto, que meu filho tinha que nascer”, lembra Edigleuza. O pequeno Jonathan veio ao mundo no dia 8 de outubro deste ano. A chegada dele trouxe para a mãe um misto de alegria e preocupação. O menino foi para a UTI neonatal. Precisou de aparelhos para respirar. Precisou ganhar peso para só então ganhar o aconchego do colo materno.
Completou um mês de vida na Ala Canguru, na própria maternidade. Ainda não conheceu o irmão mais velho, de 7 anos. Junto à mãe, tenta ganhar peso. Mas os dias parecem cruéis, segundo Edigleuza. “Um dia ele ganha e eu fico feliz da vida. No outro ele perde, e eu entristeço. É preciso ter muita paciência e fé para cuidar de um prematuro”, conta. Olhando carinhosamente para Jonathan, a jovem tenta explicar o que aquele pequeno bebê representa para ela: “Eu diria que é o meu bem mais precioso. Sei que ele vai vencer essa fase e se tornar um garoto saudável para brincar com o irmão. Minha vida sem a dele já não tem mais sentido”.
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