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VIDA URBANA

Acidentes com motos são 76,5% dos atendimentos de trânsito no Trauma de JP

Para especialista, muitos acidentados ficam com sequelas irreparáveis e podem até perder a vida.

Publicado em 10/07/2019 às 7:40 | Atualizado em 10/07/2019 às 14:35


                                        
                                            Acidentes com motos são 76,5% dos atendimentos de trânsito no Trauma de JP
Foto: Arquivo Jornal da Paraíba

				
					Acidentes com motos são 76,5% dos atendimentos de trânsito no Trauma de JP
Acidentes de motociclistas passam de 76,5% dos atendimentos de trânsito no Hospital de Trauma de JP. Foto: divulgação. Foto: Arquivo Jornal da Paraíba

Andar sem capacete, embriagado e em alta velocidade. Uma combinação perigosa para quem resolve transitar na pista sobre duas rodas. Para o diretor do Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, Leonardo Leite, os acidentes com motociclistas já viraram uma “epidemia”. Eles são responsável por mais de 76,5% dos atendimentos de trânsito apenas na unidade da capital.

A maioria dos motociclistas internados no complexo hospitalar é por causa de imprudência, muitos deles não estavam habilitados, não usavam capacete no momento do trauma e admitiram ter consumido álcool antes de conduzir a moto.

Um desses caso é o de Joanderson Monteiro, 21 anos, que estava com o capacete no cotovelo na hora do acidente. “Estava indo na casa da minha namorada, que ficava apenas a 3 km da minha residência e não quis colocar o capacete. Resultado, outra moto colidiu com a minha e acabei no Trauma com traumatismo craniano, se tivesse com capacete, talvez não tivesse me machucado tanto”, salientou.

Acidentes em números

Nestes seis primeiros meses de 2019, foram 3.949 vítimas. Embora seja um número significativo, houve uma redução de 4% em comparação ao ano passado, quando a unidade registrou 4.121 pessoas vítimas de acidentes com motos.

Os casos que envolvem pessoas do sexo masculino (3.066), no entanto, são duas vezes maiores do que o número de pessoas do sexo feminino (883). No que se refere à faixa etária, o setor de estatística da instituição verificou que 88% dos acidentes acontecem entre as idades de 18 a 59 anos (3.455), seguidos por adolescentes (311), crianças (84) e idosos (99).

Ainda segundo a análise dos números apresentados pelo setor de estatística da instituição, os bairros onde ocorrem a maioria dos acidentes na capital paraibana são: Valentina (174), Mangabeira (167) e Centro (125). Outros locais que chamam a atenção estão localizados na BR-230 (305) e nos municípios de Santa Rita (235), Bayeux(234), Mamanguape (122) e Cabedelo (119).

Sequelas

Leonardo Leite explicou que muitos acidentados ficam com sequelas irreparáveis e podem até perder a vida. “Adolescentes e jovens estão ficando incapacitados para o mercado de trabalho e isso é muito grave, pois são pessoas que poderiam contribuir muito e de forma decisiva em suas funções, mas por causa de uma regra não cumprida, que muitos acham besteiras, ficam inabilitados para uma vida inteira”, frisou.

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Angélica Nunes

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