Agentes de limpeza encerram greve; ruas acumulam 1,8 mil toneladas de lixo

Karoline Zilah

A greve dos trabalhadores da limpeza urbana da região metropolitana de João Pessoa (Bayeux, Santa Rita, Cabedelo e Capital) foi encerrada nesta quarta-feira (23), dois dias após seu início. O sindicato da categoria anunciou o término da paralisação nesta manhã, informando que aceitou o reajuste salarial de 9% proposto pelas empresas Marquise, Limp Fort e Ambiental Soluções (antiga Líder).

Nesta manhã, o superintendente da Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (Emlur), Coriolano Coutinho, se reúne com representantes das empresas.

As negociações começaram na terça-feira (22) e duraram cerca de seis horas, com mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE). O sindicato calcula que cerca de mil trabalhadores participaram da mobilização.

O próprio sindicato calcula que 1,8 mil toneladas foram acumuladas em dois dias com a ausência dos agentes de limpeza nas ruas da região metropolitana. Conforme o sindicato, um acordo garantiu que os dois dias de falta no trabalho não serão descontados nos contracheques.

“Bastaram apenas dois dias de greve para que os patrões saíssem da proposta de 6,86% para 9% nos salários. Fechamos um acordo de três pontos percentuais acima da inflação de 2010. Nenhuma outra categoria da Paraíba, e pouquíssimas no Brasil, alcançaram este índice", comentou Ulisses Alberto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Limpeza Urbana no Estado da Paraíba (Sindlimp).

Entre as reivindicações conquistadas pela categoria, estão: reajustes de 9% no salário-base (R$ 568,50); 33% no vale-alimentação (R$ 133,00); fim do banco de horas; melhorias no cardápio do café da manhã e jantar (antes eram café e pão com margarina); mais equipamentos de segurança e fardamento; abano penosidade de R$ 45 para aqueles que trabalharem em sete feriados pré-estabelecidos; auxílio funeral; entre outros pontos.