VIDA URBANA
Álcool gera problema no trânsito
Lei pune com mais rigor, motoristas envolvidos em acidentes com mortes, decorrentes do consumo de bebidas.
Publicado em 11/03/2012 às 13:56
De acordo com pesquisa do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), seis em cada dez acidentes com veículos são provocados por condutores embriagados. O consumo da bebida aparece em 70% dos laudos cadavéricos das mortes violentas. As motos estão envolvidas em mais da metade dos registros e deixam vítimas com fraturas nos braços, pernas e crânio, que, quando não morrem, ficam com sequelas que podem causar paralisias e amputações.
Sancionada em 19 de junho de 2008, a Lei Nº 11.705, que ficou conhecida como Lei Seca, proíbe ao motorista o uso de qualquer bebida alcoólica. A legislação alterou o Código de Trânsito e trouxe punições severas, que vão desde multas e retenção do carro até a perda da habilitação e prisão do condutor.
Antes, era tolerada a ingestão de até seis decigramas de álcool por litro de sangue (o equivalente a dois copos de cerveja). Hoje, com isso, o infrator pode parar na cadeia. Também pagará multa de R$ 955, terá o carro apreendido e a habilitação suspensa por um ano. Dirigir sob efeito do álcool é crime.
O motorista que mata no trânsito é autuado como homicida doloso (com intenção). Antes, o caso era tratado como culposo (sem intenção). Para a lei, quem bebe e sai de carro ou moto tem consciência que pode matar alguém. Por isso, não pode alegar que o crime foi involuntário.
“Não existe dose segura para quem vai dirigir. Um simples chope já afeta o sistema nervoso central do ser humano. O álcool reduz os reflexos e deixa a visão turva. O condutor fica lento e perde a percepção de distância”, afirma o médico do Tráfego Fábio de Almeida.
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