VIDA URBANA
Aluna denuncia problemas de acessibilidade no prédio do IFPB
Aluna tem dificuldades para chegar à sala de Desenho. Diretora do campus admitiu problemas no prédio, mas disse que providências estão sendo tomadas.
Publicado em 18/03/2011 às 16:27
Da Redação
Uma internauta entrou em contato com o Paraíba1, denunciando problemas de acessibilidade no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB). Thaysi Cabral de Melo é portadora de paralisia nos membros inferiores e afirma que desde que se tornou aluna do Instituto, há dois semestres, tem dificuldades para se locomover no campus onde estuda, em João Pessoa.
Segundo Thaysi, a dificuldade maior é no momento em que precisa assistir às aulas de Desenho, em uma sala específica. “Eu me locomovo usando um andador e goteiras [aparelho de metal provisório usado nas pernas], e é difícil assistir às aulas de desenho, que não tem nenhuma acessibilidade”, afirmou Thaysi.
A aluna ainda afirmou que, em alguns casos, se atrasa por não conseguir se locomover pelo prédio e não ter quem a ajude.
O Paraíba1 conversou por telefone com a diretora de Ensino do campus, a professora Joseli Maria da Silva, que confirmou a denúncia da aluna. Segundo a professora, Thaysi é aluna do 2º semestre do curso de Construção de Edifícios, e sempre reivindicou melhorias no prédio do IFPB, no sentido de atender às necessidades dos portadores de deficiência física.
“Tudo que ela [Thaysi] disse é verdade. Ela nos procurou e é importante dizer que não estamos nos omitindo. Estamos tentando resolver esses problemas, nos adaptando às circunstâncias”, disse a professora Joseli, acrescentando que uma nova sala de desenho foi estruturada para atender melhor os alunos com deficiências físicas.
“A rampa que dá acesso a essa sala ficou pronta nesta última segunda-feira. A sala, onde Thaysi assiste às aulas de Desenho, estará pronta para as aulas já nesta próxima segunda”, garantiu a professora.
A diretora de Ensino ainda frisou que tenta ajudar a aluna da maneira que é possível. "Ela tem o meu telefone. Sempre que há algum problema, ela me liga e eu disponibilizo um funcionário para ajudá-la a chegar até a sala", declarou.
De acordo com Joseli, o campus da Capital ainda tem como alunos cadeirantes, com ainda mais dificuldades que Thaysi, surdos, com intérpretes, e cegos, que fazem uso de linguagem em braile.
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