VIDA URBANA
Alunos de escola técnica criam robô
Protótipos criados realizaram simulações de alcance de vítimas em locais de acidentes de difícil acesso ao homem.
Publicado em 17/08/2012 às 6:00
Seguir caminhos sem o auxílio de controle remoto, desviar de obstáculos, reconhecer falhas no trecho percorrido e chegar a seu destino, são algumas das tarefas executadas por um projeto de robótica desenvolvido por um grupo de alunos da Escola Técnica Redentorista (Eter) de Campina Grande. Eles desenvolveram um robô que é capaz de realizar tarefas sem o auxílio de um operador. Utilizando sensores e peças eletrônicas, o equipamento foi testado e conseguiu resultados positivos, como realizar com sucesso simulação de trabalhos domésticos e também industriais.
Três equipes que reuniram 12 estudantes trabalharam dois meses para criar o projeto e desenvolver três protótipos que também realizaram simulações de alcance de vítimas de acidentes em cômodos de difícil acesso ao homem.
Segundo explicou Fagner de Araújo, professor que coordenou o projeto, o robô foi construído para seguir um caminho pré-definido por uma linha, já que ele não utiliza controle remoto.
Ele acrescentou que esse tipo de máquina é utilizado em diversas tarefas industriais, mas que também pode ser utilizado em outras áreas.
“Esse robô caminha sobre uma linha pré-definida, mas ele é capaz de superar obstáculos, como também falhas da linha no percurso. Desenvolvemos um projeto integrando alunos do curso de Elétrica e Telecomunicações, uma vez que esse Kit de Robótica representa um avanço muito grande para as tarefas que colocamos em prática no laboratório”, explicou o professor, que afirmou que os componentes utilizados foram placas mecânicas e peças recicladas de equipamentos eletrônicos.
Para o aluno do curso de Eletrônica José Wesley, 17 anos, este foi apenas um pequeno passo dado que pode ser ampliado.
Segundo ele, é possível desenvolver um robô simular que reúna condições de desenvolver tarefas mais complexas. “Esse é um projeto de pequeno porte. Mas temos condições de criar um sistema mais complexo para que as tarefas mais específicas sejam efetuadas”, destacou o aluno.
Cynthia Valeska, 19 anos, acrescentou às informações de seu colega de curso enfatizando que se o grupo tivesse mais tempo para ter trabalhado, os resultados poderiam ser mais promissores. “Encontramos algumas dificuldades na parte da mecânica, mas acredito que isso aconteceu porque tivemos pouco tempo para trabalhar. Mesmo assim, ficamos contentes com o que construímos”, disse.
Segundo apontou o coordenador de ensino do Escola Técnica Redentorista, Leonardo Pedro, o projeto de robótica será aperfeiçoado ao longo do ano para que já no ano que vem, em 2013, ele seja inscrito novamente na Olimpíada Brasileira de Robótica, evento em que competem escolas de todo o Brasil que apresentam seus projetos de tecnologia.
“Este ano tivemos um bom resultado, porque ficamos em 2° lugar na Paraíba entre mais de 70 escolas inscritas com projetos.
Contudo, fomos os únicos a apresentar um projeto desenvolvido por nós mesmos, diferente das outras escolas que utilizaram máquinas criadas por empresas particulares”, ressaltou o coordenador da Eter.
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