VIDA URBANA
Anestesistas reclamam de atraso nos salários
Fim de contrato com cooperativa de anestesistas leva à suspensão de todas as cirurgias eletivas marcadas para setembro na FAP.
Publicado em 06/09/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:07
Todas as cirurgias eletivas de obstetrícia, oncologia e urologia marcadas para o mês de setembro no Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) ainda não têm data para serem realizadas. Essa é a projeção dos médicos membros da Cooperativa Campinense dos Anestesistas (Cocan) que afirmaram que a suspensão do serviço aconteceu devido ao fim do contrato de prestação de serviço à FAP e que durou dois anos. Eles denunciam que estão com quatro meses de salários atrasados. A direção do hospital espera que até a próxima semana o serviço seja reativado.
Segundo o presidente da Cocan, Carlos Alberto, a decisão de não realizar o procedimento indispensável para a realização de uma cirurgia não se deu por desacordo entre as partes envolvendo um reajuste no contrato. Segundo ele, no dia 31 de julho a direção da FAP foi comunicada que faltavam 30 dias para o contrato ser encerrado e que o pagamento dos meses de março, abril, maio, junho e julho estava atrasado. Segundo ele, os dois primeiros meses em atraso foram pagos, mas a dívida foi acrescida de agosto e o contrato de renovação não foi discutido.
“Nós não pedimos reajuste nenhum, tanto é que o novo contrato não foi sequer discutido porque o Hospital da FAP hoje nos deve quatro meses de salário. Com 30 dias de antecedência para o fim do contrato nós comunicamos a direção do prazo e dos valores em atraso, mas ninguém se posicionou. Por isso que os procedimentos foram suspensos porque a cooperativa hoje não tem contrato, e o hospital não deu nenhuma posição de quando irá regularizar a situação”, explicou o presidente, estimando que a dívida seja entre R$ 200 mil e R$ 250 mil para oito anestesistas.
Já de acordo com Adriana Queiroga, diretora administrativa da FAP, na última quarta-feira foi protocolado um pedido de audiência entre a direção do hospital e a cooperativa e ela acredita que até a próxima segunda-feira todos chegarão a um acordo. Adriana não soube precisar quantas cirurgias eletivas deixaram de ser feitas por conta dessa dívida com os médicos anestesistas, mas garantiu que esses pacientes não sofrerão prejuízos por conta da suspensão do atendimento.
“Esses procedimentos não são de urgência. É claro que causa transtorno, mas estamos entrando em contato com outros hospitais que possam receber os pacientes que não podem esperar, principalmente para a realização de partos. Estamos fazendo um levantamento para saber em quanto está em atraso para chegarmos a um acordo”, disse a Adriana.
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