VIDA URBANA
Apenas 10% dos jovens alistados são aproveitados no 31º Batalhão
Nos 3 últimos anos, de acordo com a divisão de Relações Públicas do Batalhão Peribebuí, anualmente cerca de 1.300 jovens se apresentam.
Publicado em 22/08/2014 às 6:00
A procura de jovens pelo alistamento militar permanece estável no 31º Batalhão de Infantaria Motorizado, em Campina Grande, mas apresenta uma forte concorrência entre os interessados.
Nos 3 últimos anos, de acordo com a divisão de Relações Públicas do Batalhão Peribebuí, anualmente cerca de 1.300 jovens se apresentam, mas apenas 10% acabam sendo selecionados para servir à Pátria, o que aponta para quase 130 recrutas que dão início à formação militar.
O número baixo de selecionáveis remete ao efetivo do batalhão que atualmente conta com 350 homens entre recrutas, militares, temporários e aqueles que seguem carreira a partir de estudos nas escolas militares. De acordo com o tenente Reni Reginaldo, a procura é bem maior do que a oferta, principalmente por fatores como dificuldades em ingressar no mercado e em universidades, e pouca perspectiva de trabalho na zona rural. Ele apontou que por isso muitos jovens procuram o Exército que oferece oportunidade de aprendizagem e possibilidade de estabilidade financeira.
“A maioria dos jovens que querem servir o Exército têm vocação para tal, mas sabemos que outros fatores também colaboram para isso. Contudo, como a oferta não é muito grande, os jovens precisam se dedicar para conseguir seguir uma carreira militar.
Uma alternativa é ser selecionado após o alistamento e passar até oito anos no batalhão, ou então buscar as escolas militares para formação de carreira como sargento ou oficial”, explicou o tenente Reni, apontando que o nível de exigência escolar para o ingresso nas Forças Armadas também aumentou.
As atividades relacionadas ao Dia do Soldado, comemorado na próxima segunda-feira, também contribuem para que os jovens conheçam mais das ações realizadas e queiram ingressar no serviço militar. Durante toda a manhã de ontem foi montada na Praça da Bandeira, Centro de Campina Grande, uma exposição com equipamentos utilizados pelo Exército. Ao longo do dia, foram muitos os que visitaram as barracas e conheceram mais sobre a vida de um soldado. Essa curiosidade estimulou o estudante Rodolpho Gomes, 16 anos, a conhecer mais sobre a carreira militar e quem sabe até servir a sua pátria.
“Vendo todo esse material, os caminhões, as armas, eles explicando como fazem os treinamentos, as ações, não tem quem não se empolgue e não queira ser um oficial do Exército.
São áreas como tecnologia, comunicação, engenharia, que estimulam a gente a ingressar no Exército. Vou pensar bastante e quem sabe ainda poder fazer parte do batalhão”, disse o jovem que está prestes a se apresentar ao alistamento obrigatório.
“Antigamente, para servir, o recruta precisava ter apenas o Ensino Fundamental. Hoje já é preciso ter o Ensino Médio concluído. Estamos investindo cada vez mais nos treinamentos intelectuais que também fazem parte da nossa formação. É claro que existe a dedicação à preparação física, mas pela nossa responsabilidade, o efetivo precisa estar pronto para qualquer situação”, acrescentou o tenente.
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