VIDA URBANA
Arca: mudanças no projeto
Após dez anos, centros de comércio informal, conhecidos como 'Arca Titão' e 'Arca Catedral' passarão por mudanças estruturais.
Publicado em 08/02/2012 às 6:30
Há 10 anos dezenas de vendedores ambulantes eram retirados das ruas de Campina Grande para ocuparem dois novos lugares destinados ao comércio informal. Assim, em 5 de fevereiro de 2002 eram inauguradas a Arca Titão e a Arca Catedral, localizadas na avenida Floriano Peixoto, no centro da cidade, que passaram a ser dois lugares destinados a vendedores de frutas, verduras, refeições e artigos diversos ganharem seu sustento. Uma década depois, os locais ainda abrigam vários trabalhadores fundadores do espaço, que venceram a desconfiança inicial para se tornarem parada obrigatória para os consumidores.
“Eu estou aqui desde a inauguração e no início a gente estava muito desconfiado se iria dar certo. Era uma novidade, todo mundo acostumado a trabalhar na rua, mas depois o tempo foi passando, as pessoas foram se habituando a comprar aqui”, disse o vendedor de frutas Jailton Pereira, que foi um dos primeiros a ser contemplados com um espaço para vendas na Arca Catedral.
Quem também foi um dos que se instalou primeiro na Arca Titão e testemunhou vários outros vendedores desistirem de permanecer no local foi Alex Gervásio, que dispõe de um espaço onde conserta e vende eletrodomésticos no primeiro piso do local. “Muita gente passou por aqui já. Mas eu estou desde o início, consegui um local muito bom onde todo mundo passa, vê a gente trabalhando aí fica mais fácil para o nosso trabalho”, disse o comerciante.
Após a celebração de 10 anos de funcionamento, as arcas poderão sofrer algumas mudanças estruturais. Pelo menos foi o que afirmou o coordenador de Desenvolvimento Local, Bernado Pimentel, que sinalizou que ainda em 2012 os 138 comerciantes da 'Catedral' e os 87 da 'Titão' poderão ser instalados em dois edifícios-garagem que estão nos planos da prefeitura a serem construídos em seus respectivos locais.
Contudo, Bernardo garante que essa mudança não mexerá com os trabalhadores que serão instalados em boxes dentro dos prédios.
“Esse é um projeto que estamos começando a discutir. Uma empresa levantou essa possibilidade e vimos com bons olhos já que trará uma grande melhoria para os serviços”, disse Pimentel, que projetou a formação de um conselho pelos comerciantes para que haja uma melhora na relação entre as necessidades apresentadas pelos vendedores e a administração local.
Comentários