VIDA URBANA
Área precisa de melhorias
Pesquisadores pedem que além da investigação sobre as mortes dos peixes-bois, sejam realizadas melhorias no cativeiro.
Publicado em 11/07/2012 às 6:00
Para a pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Thaís Garcia, além de realizar uma investigação minuciosa sobre a mortandade no cativeiro dos peixes-bois, as autoridades responsáveis também precisam melhorar as instalações da Área de Preservação Ambiental. Ela é coordenadora de um projeto de extensão que beneficia pescadores do Rio Tinto e conta que o local onde é feita a assistência aos peixes-bois é deficitário.
“Não há equipamentos, laboratórios e nem a presença permanente de veterinários e biólogos. Tudo que acontece aqui é preciso acionar as equipes que ficam em Itamaracá. Os exames também são feitos em Pernambuco. Nas instalações da Área de Preservação Ambiental existe apenas uma casa que funciona mais como ponto de apoio dos funcionários e nada mais”, lamenta.
Já o chefe da Área de Preservação Ambiental, Sandro Roberto da Silva Pereira, rebate as críticas. Ele explicou que o Projeto Peixe-Boi funciona em diferentes linhas de trabalho. Uma equipe é especializada por fazer o resgate de animais que ficaram encalhados e correndo risco de morte. Eles são levados para um centro de tratamento que fica em Itamaracá e ficam no local até serem totalmente recuperados. A próxima fase é entregar o animal ao mar ou rio, para eles seguirem a vida normal. No entanto, antes disso, os peixes-bois são enviados para um cativeiro natural, onde são monitorados, alimentados e readaptados a viver no mar.
“A base da Paraíba funciona para isso. É um cativeiro de readaptação de animais por mais de seis meses e, depois, são devolvidos ao mar. Não é necessário ter uma base de laboratório ali. Os veterinários vêm de Pernambuco, regularmente, para fazer visitas. Em 2011, foram devolvidos quatro animais ao oceano”, disse Sandro Roberto.
Em 2011 houve óbito de peixe-boi na Barra de Mamanguape, mas a morte ocorreu quando o animal foi solto no mar. A suspeita é que o animal tenha consumido plástico. “Depois de soltar, ainda monitoramos os peixes-bois por dois anos, graças a rádio que prendemos ao corpo dele. É claro que nossa estrutura poderia melhorar, mas as duas mortes registradas no sábado não foram causadas por qualquer falta de estrutura”, destacou Sandro Roberto.
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